Dengue: Toledo registra mais de mil casos da doença

Toledo tem mais de mil casos de dengue – no atual ano epidemiológico – conforme o boletim divulgado na última sexta-feira (30) pela Secretaria Municipal de Saúde. Foram registrados 1.016 casos – sendo 1.009 autóctones e sete importados.

A última semana registrou aumento de 26,09% em relação à semana anterior – o que corresponde a 29 novos casos. Conforme análise da supervisora geral, Maiza de Lourdes de Almeida Schlindwein, a situação é preocupante. Ela cita que ocorreu uma diminuição de casos positivos (que não se mantém uma crescente semana após semana), contudo, o vírus permanece, por isso é preciso cuidado.

“Ano passado nessa época tínhamos mais casos positivos.  Porém, os sintomas pareciam ser menos intensos, ocorreram menos internamentos. Em relação ao período do ano, é possível dizer que normalmente os casos aparecem de março a maio e, em junho, ainda estávamos ainda positivando exames e encontrando muitos focos do mosquito para essa época do ano”, pontua Maiza.

FOCOS DE MOSQUITO – Em relação aos focos do mosquitos 513 casos estão concentrados em seis locas: Santa Clara (203), Europa (89), Industrial (67), Centro (56), Panorama (54) e São Luiz do Oeste (44). Até o momento foi registrado um óbito no fim do mês de abril.

“Não é uma regra que sejam sempre os mesmos locais com maior índice de casos, contudo, o Santa Clara se mantém com mais casos, no jardim foi encontrado mais de 70 focos em três dias de trabalho, foi passado o UBV costal inseticida várias vezes e não bloqueou as notificações, além disso, fizemos o Ecoponto. Vale destacar que nem sempre a notificação de caso, quando feita a vistoria com a atividade de bloqueio, encontra foco, pois as pessoas circulam pela cidade e, necessariamente, não estava circulando o vírus no bairro de residência”, declara.

Maiza relata que, por número de casos, Toledo está em epidemia, porém quem decreta é o Estado. Ela explica que para se manter em estado de epidemia os casos não podem cair, ou seja, não pode ter baixa de uma semana para outra.

NA 20ª REGIONAL – Na área de abrangência da 20ª Regional de Saúde, o total de casos acumulados no ano epidemiológico é de 2.719 confirmados e 4.793 negativos – conforme dados repassados na manhã de sexta-feira (30).

“Neste ano epidemiológico que encerra dia 31 de julho foi registrado por dengue um óbito em Toledo e três na 20ª Regional de Saúde”, explica o chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da 20ª Regional de Saúde, Felipe Hofstaetter Zanini. “Um ano dentro da curva esperada para dengue, isso para o número de casos e não para os óbitos obviamente. Palotina decretou epidemia. Os números de casos não eram tão altos, mas permaneceu por muitas semanas seguidas, sempre em aumentos, sem ser perceptível os resultados das ações, então a gestão decidiu decretar”.

Zanini conta que 4.627 casos notificados para dengue tiveram resultados negativos. Ele alerta que os sinais clínicos de outras doenças como Covid-19 e resfriados podem ser confundidos com dengue fator que pode desencadear alguns erros de diagnóstico. “Com a busca do cuidado médico e com exames complementares é possível eliminar esta dúvida e dessa forma realizar o tratamento mais adequado para cada doença”.

CONSCIENTIZAÇÃO – A solução para reduzir o Aedes aegypti é evitar a formação de criadouros e isso acontece com a colaboração e o comprometimento de todos. O mosquito é intradomiciliar, ou seja, não são nos rios que acontecem a procriação e sim nas cidades, nos recipientes (como tonéis, pratos de vasos de plantas, lixo entre outros) e criadouros naturais (como bromélias, buracos em árvores e bambus).

Em Toledo, durante as visitas, os Agentes de Combate a Endemias (ACEs) têm encontrado criadouros dentro das residências, principalmente, nos pratinhos de vasos de plantas, além das plantas aquáticas, bambus da sorte, entre outras flores que exigem cuidado e manutenção. Nos pátios, as equipes encontram com mais facilidade cisternas, tonéis que armazenam a água da chuva entre outros recipientes que podem acumular água e se tornarem criadouros.

Da Redação

TOLEDO

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