Dependência de telas: um vício que atinge os adolescentes

O uso exagerado das tecnologias tem desencadeado transtornos comportamentais entre muitos adolescentes e jovens. Na maioria das situações, essa ‘fuga’ esconde carências. Ficar horas e horas em frente as telas pode fazer com que os usuários deixem de interagir com os demais moradores da casa, deixem de fazer as refeições, entre outras ações do cotidiano.

Os transtornos desencadeados pelo vício são relativos e variam de pessoa para pessoa. Entre os primeiros sinais são: irritabilidade, dor de cabeça, prejuízos na qualidade do sono, podendo chegar a ansiedade e a depressão. Geralmente, esses sinais são percebidos pela família, amigos e colegas de escola. Somente, após outras pessoas notarem é que o adolescente irá perceber, porém existem alguns casos que ele não chega a notar e se recusa ao tratamento psicológico e psiquiátrico.

“Qualquer tipo de vício pode trazer malefícios ao ser humano. O uso exagerado de telas também pode fazer mal”, aponta o psicólogo, Silvio Vailão. “Passar horas e horas em frente as telas pode desencadear consequências físicas como: irritabilidade, dificuldade no sono, problemas de visão, dor de cabeça, entre outros”, aponta ao acrescentar que, além disso, pode desencadear problemas sociais no ambiente em que estiver inserido.

TELA E MAIS TELA – Quando o adolescente só tem o desejo de estar em frente ao celular, ao computador, jogando, e deixando de fazer atividades básicas do cotidiano é preciso ser levado como um sinal de alerta. O psicólogo alerta que esses sinais começam de maneira discreta, contudo, quando são notados, a pessoa já está em um estágio de dependência da tela.

O profissional relata que atrás dos vícios estão diversas questões pessoais, por isso, cada caso é analisado separadamente. Ele aponta que o ambiente virtual permite viver fora da realidade, criar um perfil idealizado, fazer coisas que não estão a alcance, ou seja, viver outra vida. “Tudo isso atrai aquele jovem com baixo autoestima, com dificuldades de relacionamento, de interação”, pontua.

VIVER A REALIDADE – “É fundamental que os adolescentes estejam atentos as condições que levam ao vício das telas. Essa geração nasceu no mundo digital, tem mais habilidade e facilidade com isso, com a tecnologia, contudo, precisa entender a diferença e a necessidade de viver a realidade, do saber se divertir ser nada tecnológico, de ter contato com a natureza, de saber buscar o equilíbrio. Isso é importante também na fase adulta, saber lidar com os conflitos reais, solucionar problemas, saber se relacionar, viver além das telas”, conclui.

Da Redação

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