Cartão Comida Boa: deputado propõe aumento do valor para famílias carentes

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O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) pediu nesta segunda-feira (17) ao governo do Estado, no requerimento aprovado pela Assembleia Legislativa, que reavalie os valores pagos pelo Cartão Comida Boa frente à alta dos preços dos alimentos que impactam sobremaneira o custo de vida para as famílias mais pobres e desfavorecidas.
“Em época de carestia do preço dos alimentos, é necessário que os governos tomem medidas efetivas para reduzir o impacto para as famílias de menor renda. Uma das medidas é claro, é aumentar a produção de alimentos, a outra é o governo federal criar estoques reguladores para manter os preços de forma adequada para o consumidor”, afirmou Romanelli ao defender o aumento do benefício estadual pago hoje a 122,8 mil famílias paranaenses.
Atualmente, as famílias beneficiadas recebem o auxílio por meio de um cartão magnético, com carga mensal no dia 25 de cada mês, no valor de R$ 80,00, explica o deputado do programa criado em 2021 durante a pandemia da covid. “O valor não é alto, mas permite por exemplo uma família média comprar mistura do mês, não vai conseguir é claro comprar a carne vermelha, mas vai comprar frango. É hora de reavaliar esse valor e pagar o benefício pelo número de integrantes de uma família”, apontou o deputado.
O benefício deve ser utilizado somente em compra direta em supermercados, exceto bebidas alcoólicas e fumígenos, e funciona como uma renda complementar para a aquisição de comida pelas famílias de baixa renda. O investimento do Governo do Paraná desde 2021 já chegou a R$ 158,3 milhões.
Carestia
Romanelli considera que a alta dos preços nos alimentos e a consequente dificuldade enfrentada das pessoas em situação de vulnerabilidade social para adquirir produtos essenciais a uma alimentação adequada, justificam a realização de um estudo para a reavaliação do Programa Comida Boa. “A reavaliação pretendida busca adequar o valor pago, levando em consideração o número de integrantes de cada família beneficiada. Dessa forma, um repasse ajustado à realidade de cada núcleo familiar é fundamental para que o Programa Comida Boa cumpra sua finalidade”, disse.
Pesquisa Quaest divulgada neste domingo, 16, aponta que oito de cada dez brasileiros sentem a alta nos preços dos alimentos. A percepção alcança todas as classes sociais, mas o impacto maior, obviamente, nos setores mais vulneráveis da população. Dados do IPCA apontam que os preços dos itens do grupo de alimentos e bebidas subiram nos últimos cinco meses. A alta acumulada de 5,4% no período supera a inflação de todo o ano de 2024 (4,83%).
Já o estudo do Centro de Liderança Pública avalia que “fatores internos” desempenharam um papel muito mais relevante no aumento dos preços domésticos de alimentos no ano passado. E recomenda transferências diretas aos mais vulneráveis para combater os seus efeitos. “É justamente isto que pretendemos com a ampliação do Comida Boa, que é um programa estadual de transferência de renda”.
Fonte: ALEP/PR