Descarte irregular de resíduos impacta o meio ambiente e gera transtornos

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Sofás, móveis velhos, eletrônicos e restos de construção jogados em calçadas, lotes vazios ou na frente das residências. A cena se repete em vários pontos da cidade apesar das inúmeras ações de conscientização, mutirões de limpeza e projetos para recolher os itens sem utilidade.

O descarte irregular de volumosos, eletrodomésticos, eletrônicos e entulho gera consequências graves, tanto para o meio ambiente quanto para os seres humanos. Essa prática continua sendo uma preocupação para as autoridades e uma urgente necessidade de reforçar as ações de educação ambiental.

Os transtornos do descarte irregular vão da poluição visual ao aumento dos gastos com limpeza urbana. Ele também contribui para a proliferação de insetos que transmitem doenças, o que leva ao aumento dos gastos com saúde.

A secretária de Meio Ambiente Luciana Fogaça comenta que no final do ano passado houve um aumento de descarte irregular de lixo orgânico e volumosos em função do serviço de coleta que acabou não sendo realizado naquele momento. No mesmo período, houve o fechamento do Eco Ponto no bairro Jardim Coopagro – na Avenida Cirne Lima – que agravou a situação em algumas regiões da cidade.

“No dia 20 de dezembro de 2024 o Eco Ponto do Coopagro foi fechado. Esse local recebia os volumosos que são móveis, eletrodomésticos. E o fechamento deste local foi um dos fatores que intensificaram o descarte irregular, principalmente na região do Jardim Coopagro”.

Luciana explica que a coleta de lixo orgânico está normalizada, dos reciclados as equipes estão reorganizando os trabalhos e colocando a coleta em dia e, em relação ao descarte de volumosos, a Secretaria disponibiliza um canal de contato através do número (45) 9828 1446 (WhatsApp).

“Por meio desse número a população encaminha uma mensagem com uma foto e endereço do local onde há o descarte irregular. Temos uma equipe que faz o levantamento e encaminha para uma empresa terceirizada que faz a coleta dos resíduos. A maioria são colchões, sofás, armários, itens de casa que a população acaba descartando em terrenos, lotes, esquinas e que é uma prática irregular”, enfatiza a secretária.

DESTINAÇÃO – Outra forma de comunicar o descarte irregular em terrenos é através do e-protocolo na página da Prefeitura de Toledo no endereço www.toledo.pr.gov.br/servicos/protocolo_online.

Vale lembrar que os materiais recicláveis são recolhidos semanalmente nos bairros através da Coleta Seletiva. Os eletrônicos e eletrodomésticos sem utilidade, volumosos e materiais recicláveis podem ser levados ao Eco Ponto do Santa Clara 4.

Também é possível descartar recicláveis diretamente na Associação de Catadores de Toledo (Acatol) que fica no Aterro Sanitário Municipal. Os horários disponíveis para o descarte nesses locais é de segunda-feira a sexta-feira das 8h às 12h e das 13h às 17h. Aos sábados o recebimento dos materiais acontece das 8h às 12h. “Temos que lembrar que o descarte irregular é crime e a população pode denunciar através do número 156 e pelo protocolo na Prefeitura”, pontua a Luciana Fogaça.

Em caso de denúncia de descarte irregular de resíduos, a secretária esclarece que o proprietário do terreno onde estão os materiais é notificado e tem um prazo de 30 dias para fazer a defesa. “Se não for realizada a defesa, será gerada a multa”.

CONSCIENTIZAÇÃO – Ela cita ainda que é preciso mais conscientização da população sobre o descarte de resíduos. Até os contêineres amarelos e marrom espalhados pela cidade são alvos de destinação incorreta. Os ‘amarelinhos’, são destinados aos depósitos de materiais recicláveis e os contêineres marrom para a destinação de lixo orgânico.

“Mas o que temos observado é o descarte de lixo orgânico nos ‘amarelinhos’ e isso acaba contaminando os materiais recicláveis depositados. Com isso, não conseguimos reciclar e esse material vai ser destinado no Aterro Sanitário, reduzindo a vida útil do Aterro”, pontua Luciana ao concluir que “a Secretaria de Meio Ambiente está estudando algumas ações de educação ambiental para conscientização da população”.

Da Redação

TOLEDO