Dia de Campo trata o monitoramento hidrossedimentológico em bacias hidrográficas

O estudo de monitoramento em bacias hidrográficas de ordem zero visa avaliar a perda de solo, água e nutrientes em parcelas agrícolas com e sem terraços sob plantio direto e em condição de chuva natural. A análise é realizada em parceria entre a Itaipu Binacional (Ação Integrada de Solo e Água – Aisa), pelo sistema Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Paraná (Senar-PR) e o Instituto de Desenvolvimento Regional do Paraná (IDR-PR).

Uma nova etapa do projeto será realizada, nesta quarta-feira (7), na propriedade de Olides Foiato, na comunidade Linha Gramado, no município de Toledo, quando acontece o Dia de Campo com a temática Monitoramento Hidrossedimentológico em Pequenas Bacias Hidrográficas.

Segundo a pesquisadora do IDR-PR Graziela M. de Cesare Barbosa, várias unidades foram instaladas no Estado, uma delas está localizada em uma bacia agrícola de Toledo.

Graziela explica que em cada evento de chuva é realizado o monitoramento da precipitação, vazão, turbidez da água e perdas de sedimentos e nutrientes, tanto na encosta da bacia hidrográfica como no rio de primeira ordem. “O projeto está instalado em sete diferentes mesorregiões do Paraná. Em cada localidade foi considerada o tipo de solo, relevo, quantidade de chuva, entre outras requisitos”, pondera.

CONCLUSÕES – A pesquisadora do IDR-PR revela que os resultados preliminares do estudo indicam que a presença dos terraços reduziu mais de 90% da perda de solo na parcela com terraço (PCT) em relação à sem terraço (PST), no município de Toledo.

Graziela ratifica que a adoção de uma prática mecânica de manejo da água, associada ao plantio direto tem sido eficiente no controle do escoamento superficial. “Somente o plantio direto não é suficiente para controlar as perdas de água em áreas agrícolas”. Ela salienta que existe a necessidade do uso complementar de uma prática mecânica para a conversação do solo.

O projeto iniciou no ano de 2017 em uma área rural (propriedade particular) e segue até o ano de 2024. “Nós temos um convênio com a Itaipu Binacional, Governo do Paraná e Sistema Faep/Senar”, afirma Graziela ao enfatizar que um modelo matemático será estruturado para cada região do estado.

A pesquisadora esclarece que o modelo tem como objetivo fazer com que o produtor consiga espaçar ou não os terraços e, principalmente, melhorar o manejo entre os terraços. “É preciso ampliar a taxa de infiltração. Além disso, reduzir a perda de solo e água. Assim, o produtor não terá perda do nutriente, por exemplo. Quando o produtor aduba o solo e caso ele seja eliminado na água ou por sedimento o nutriente também é perdido. Essa situação causa danos econômicos ao agricultor”, cita Graziela ao concluir que o estudo protege o meio ambiente e também interfere na economia de cada região.

PROGRAMAÇÃO

13h30 – Inscrições;

14h – Abertura com Msc Leodacir Francisco Zuffo (IDR-Paraná);

14h30 – Demonstração prática;

– Monitoramento do solo e água em Megaparcelas, com Dra. Graziela Barbosa e Andrea Scaramal (IDR-Paraná);

– Monitoramento do solo e água e Rio, com Dr. José Francirlei de Oliveira (IDR-Paraná).

Da Redação

TOLEDO

...
Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.