Dia do Surdo: com inclusão social é possível ter mais qualidade de vida
Para os surdos é preciso usar as mãos, já para quem escuta também é necessário usar o coração. Na data de 26 de setembro foi celebrado o Dia Nacional do Surdo. Nem todos nascem com o sistema auditivo perfeito ou em funcionamento, porém, isso não deve e não pode impedir que a comunicação aconteça.
O ato de comunicar pode sim ocorrer sem nenhum som. Ouvir e conseguir desenvolver a fala é ter a certeza de que a comunicação poderá acontecer com mais facilidade em qualquer lugar. A data será marcada pela Associação de Pais e Amigos de Deficientes Auditivos (Apada) de Toledo no dia 4 de outubro com a realização de um risoto.
“Tivemos avançado nessa luta, pois nossa batalha vem de muitos anos”, destaca a presidente do Conselho Deliberativo da Apada, Marli Wagner. “Atualmente, o surdo tem língua própria que é a Libras e também está inserido no mercado de trabalho. Em Toledo tem também a Central de Libras que foi um grande avanço na comunicação dos surdos, mas precisamos continuar a luta”.
BATALHAS – Segundo Marli, ainda existe um longo caminho a ser percorrido no que se refere aos avanços. “Toledo precisa avançar e muito. A Apada, por exemplo, ainda está sem convênio e a demanda por atendimento aos surdos não diminuí, pelo contrário só aumenta, pois sempre temos surdos em busca de emprego, de atualização de documentos, de cesta básica e de audiometria, portanto precisamos avançar”.
Após um período sem atividades, na data de 14 de fevereiro de 2019, a entidade retomou parte dos atendimentos ao público. Diante dos impasses que impedem o repasse de convênios, o atendimento em educação foi encerrado ainda em 2018. Com essa situação, as crianças que antes eram atendidas na Apada – na ocasião – precisaram ser matriculadas em outra instituição. O Ensino Fundamental não pode ser ofertado, porém, a comunidade adulta continua sendo assistida. Os atendimentos com os adultos continuam, no período da tarde acontecem os atendimentos.
Mesmo com diversas dificuldades a Apada continua ativa e luta para manter os trabalhos as comunidade. A Apada foi fundada na data de 27 de junho de 1987. Neste ano, a entidade completou 37 anos de trabalhos, de inserção pela comunicação facilitada das pessoas com problemas auditivos, de encaminhamentos ao mercado de trabalho, de mais qualidade de vida para as famílias atendidas.
“Precisamos da união da sociedade para não deixar os direitos dos surdos, e como de qualquer cidadão, sem a assistência essencial. Parabenizamos os surdos e todos os que lutam pelos direitos deles”, reforça a presidente.
LÍNGUA DE SINAIS – A primeira língua da pessoa surda é a Libras. Com ela a criança passa a adquirir conhecimento para depois ter acesso à segunda língua que é o português, na modalidade escrita.
Para surdos e ouvintes viverem em uma mesma sociedade e para que convivam na mesma comunidade e se comuniquem, a professora destaca que é necessário que haja um esforço mútuo de aproximação pelo conhecimento das duas línguas (Libras e Língua Portuguesa) tanto por parte dos ouvintes como dos surdos.
Da Redação
TOLEDO