Dia Nacional do Livro Infantil: um mundo de fantasia que instiga as crianças

Na data de 18 de abril é celebrado o Dia Nacional do Livro Infantil. A data também foi escolhida para comemorar a literatura infantil nacional, pois foi no dia 18 de abril de 1882 que nasceu o famoso escritor Monteiro Lobato – considerado o pai da literatura infantil brasileira.

Monteiro Lobato é homenageado neste dia, porém, a data celebra a literatura infantil nacional de maneira geral, com isso, outros autores e autoras do gênero – e suas obras – são lembrados na data. Além disso, o dia 18 de abril amplia as discussões sobre a importância da literatura na cultura do país, as dificuldades dessa esfera, a necessidade de incentivar a leitura, o lançamento de livros, entre outras questões.

“O próprio Monteiro Lobato já reforçava a importância dos livros ao enfatizar a importância dos livros para o desenvolvimento das pessoas com a frase ‘Um país se faz com homens e livros’. A essência da literatura infantil envolve o comprometimento de transmitir conhecimento, além de contribuir no processo de formação das crianças”, declara a psicopedagoga Dore Inês.

Com esse tipo de literatura, segundo Dore, é que a criança descobre o mundo da imaginação, dos sonhos, das fantasias, de novas experiências. Ela pontua que com esse tipo de leitura, de histórias, de ilustrações, é uma ponte para estimular a afetividade e a criatividade da criança; outro ponto é os benefícios ao desenvolvimento cognitivo e motor.

O LIVRO INFANTIL NO COTIDIANO – “É interessante como a leitura do livro infantil faz com que criança passa a adquirir uma postura mais crítica, mais reflexiva, algo importante para o processo de formação cognitiva, para o desenvolvimento intelectual, além de já ir trabalhando os conceitos de edificação de um futuro leitor, de um leito assíduo, que fará da leitura um hábito”, destaca ao reforçar a importância do livro infantil no cotidiano da criança, em casa, em seu ambiente de convívio.

A profissional comenta que o primeiro contato da criança com os livros infantis tende a acontecer quando ela escuta as histórias narradas pelo pais e responsáveis, quando consegue visualizar as ilustrações e ‘viajar’ com as imagens, com os enredos e criar as próprias versões da mesma história.

Nesse processo de ouvir as histórias, de ver as ilustrações, de imaginar, a criança passa a recontar os fatos narrados, imitando as imagens e a fala de quem contou a história. Dore aponta que, dessa maneira, a criança segue seu desenvolvimento de maneira natural e, conforme seu desenvolvimento, ela vai aprendendo e aprimorando a linguagem escrita.

APROXIMAÇÃO DOS LIVROS – “A contação de história vai muito além de ler. A leitura não é convencional, pois não prende a atenção da criança, não faz ela se encantar pela história. É como se o livro infantil exigisse a mudança na entonação da voz, a movimentação corporal, as expressões faciais, todo o colorido das ilustrações e o acesso de visão das crianças em cada página. A ideia é gerar a interação com as crianças, ou seja, que ela tenha abertura para questionar, como se ocorresse um diálogo entre ela e o livro”, esclarece.

A profissional acrescenta que esse contato pode ser amplamente incentivado com a criação de um espaço para a leitura dentro de casa (algo simples que deixe os livros a mostra), dentro da sala de aula, enfim, permitir que as crianças tenha acesso facilitado aos livros, que eles estejam nos espaços de circulação dos pequenos, que eles possam pegar, folhear, sentir a textura dos papeis e viver as histórias de acordo com a imaginação deles.

GRANDIOSIDADE DAS OBRAS – “Homenagear Monteiro Lobato é algo que reforça a importância desse legado, das boas histórias, de fazer algo pela cultura. Vale lembrar que ele não escreveu apenas para o público infantil, a literatura para adultos de Lobato está inserida no pré-modernismo, período literário – 1902 a 1922. Porém, foi o ato de escrever para crianças que fez ele ficar conhecido no país. Que neste Dia Nacional do Livro Infantil toda as crianças tenham a oportunidade de ouvir uma bela história e deixar a imaginação viajar no mundo da fantasia”, conclui.

MONTEIRO LOBATO

O escritor Monteiro Lobato (1882-1948) ficou conhecido por suas obras voltadas ao público infantil. O Sítio do Picapau Amarelo. É uma obra composta por uma série de livros (23 volumes), escrita entre os anos de 1920 e 1947. As personagens Narizinho, Dona Benta, Pedrinho, Emília, Tia Nastácia e Visconde de Sabugosa exploram um universo de fantasia que dialoga com personagens, fatos históricos e com o folclore nacional.

Da Redação

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