Diabetes: Oeste do Paraná busca ampliar rede de apoio para tratamento da doença
Nesta semana, foi celebrado o Dia Nacional do Diabetes. O diabetes eleva os níveis de glicose no sangue e causa a hiperglicemia. Sem a devida atenção com o consumo de alimentos, a diabetes pode atingir qualquer um nas mais variadas idades, ou seja, o alerta é para todos.
O Diabetes Mellitus é uma síndrome metabólica de origem múltipla. Sua decorrência envolve a falta de insulina no organismo ou de sua incapacidade de exercer adequadamente seus efeitos e isso pode causar altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente.
De acordo com o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF, do nome em inglês), o Brasil é o quinto país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos entre 20 e 79 anos. O país perde para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. A estimativa da incidência da doença em 2030 chega a 21,5 milhões.
Dados da Federação Internacional de Diabetes mostram que até 80% dos pacientes com diabetes tipo 2 morrem por causas relacionadas a problemas cardíacos. Em nível global, os índices superam os óbitos decorrentes de HIV, tuberculose e câncer de mama
“Ainda é comum que muitas pessoas desconheçam que possuem diabetes, pois os sintomas muitas vezes passam despercebidos”, aponta a nutricionista Ana Alegrete. “Isso reforça a importância da realização dos exames periódicos para que a doença seja diagnosticada de maneira precoce”.
A nutricionista destaca que quando o paciente não tem o acompanhamento profissional necessário atrelado atividade física, alimentação saudável e utilização de medicamentos – conforme prescrição médica – ele fica mais suscetível as complicações que a doença pode trazer como problemas cardiovasculares. Ela cita como exemplo a hipertensão, o acidente vascular cerebral, o infarto do miocárdio, o aneurisma vascular e o angina de peito.
SINTOMAS QUASE DESPERCEBIDOS – Entre os sintomas que quase não são notados está o fato da pessoa passar a sentir mais sede e urinar mais. Além disso, o cansaço crônico e falta de energia para atividades corriqueiras também podem indicar que a saúde não está muito bem.
FOCO NA SAÚDE – “É preciso evitar o consumo de produtos industrializados e açucarados. Em relação ao aparecimento da doença, as chances tendem a aumentar em pessoas que consomem em excesso alimentos industrializados, fast food e refrigerantes, ou seja, não possuem hábitos alimentares saudáveis. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que tem ocorrido um aumento de pessoas com a doença. Tudo isso é reflexo do comportamento populacional”, salienta.
As boas práticas de alimentação, conforme a nutricionista, são fundamentais para manter a saúde. Ela explica que ingerir alimentos ricos em fibras e proteínas auxiliam no processo e a oscilar as taxas de glicose no sangue, ações fundamentais para quem tem diabetes.
A orientação é que a pessoa que já recebeu diagnóstico positivo para a doença busque atendimento especializado para fazer o acompanhamento adequado e conseguir controlar a doença. “Quem tem a doença deve ter foco em cuidar da saúde, seguir as orientações dos profissionais, pois sabe dos riscos que corre ao atingir consequências irreversíveis a vida”, declara
Da Redação*
TOLEDO
*Com informações da Agência Brasil
Rede de apoio: atendimento especializado ajuda a combater diabetes
O Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (Ciscopar) conta com os serviços do Modelo de Atenção às Condições Crônicas (Macc) voltado ao atendimento especializados ao pacientes com diabetes. Uma equipe de profissionais realiza o acompanhamento das pessoas que possuem a doença de alto risco, com controle metabólico ruim e complicações crônicas.
O Macc é referência de atendimento ao alto risco para os 18 municípios de abrangência da 20ª Regional de Saúde do Paraná. O Modelo realiza atendimento através de uma equipe multiprofissional, formada por médicos especialistas, profissionais de enfermagem, técnico em enfermagem, nutricionista, psicólogo, assistente social e farmacêutica.
O paciente é atendido na Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de origem, onde tem seu risco estratificado de acordo com as linhas guias da Secretaria Estadual de Saúde (SESA-PR). A após realizar a estratificação, a Atenção Primária permanecerá com os usuários de risco baixo e intermediário e encaminhará ao Macc o paciente de alto risco.
De maneira geral, todos os usuários com controle metabólico e pressórico inadequado são de alto risco. Aquelas com controle adequado, mas que apresentam complicação crônica ou antecedente de internação por complicação aguda nos últimos 12 meses também são de alto risco.
Da Redação
TOLEDO