Do plano A para o plano B: quando a mudança precisa acontecer
Existem idade para mudar de profissão? Quanto vale a pena correr os riscos do mercado? Tudo vai depender do momento de cada um. A Síndrome de Burnout (esgotamento profissional) pode ser um importante indicativo de que é o momento para buscar mudanças.
“Segundo o Ministério da Saúde, a Síndrome de Burnout é ‘um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade’, diante disso, a principal causa da doença é o excesso de trabalho”, aponta o psicólogo, Silvio Vailão.
O profissional cita que a necessidade de mudança pode partir de diversos fatores. Contudo, quando envolve questões voltadas a saúde física e mental é preciso levar em consideração os fatores e não taxar o momento como algo relacionado a fraqueza, ou seja, um período em que a pessoa simplesmente tenha que superar sem fazer a análise de que seja algo que possa voltar a acontecer.
“Os gatilhos podem variar como envolver fatores emocionais, liberdade em termos de horário de trabalho, liderança, estabilidade financeira, entre outros fatores que são extremamente particulares. O importante é avaliar esse desejo ou necessidade de mudança e fazer acontecer quando é necessário”, destaca.
INDICATIVOS DE MUDANÇA – Entre os indicativos de mudança, Vailão cita que é importante que ela acontece mediante planejamento e análise. “O processo de transição começo com a pessoa medindo como ela se sente em relação a profissão e ao local de trabalho, pois podem ser avaliados como algo distinto no contexto de que o ambiente pode ser o motivo do descontentamento com a profissão propriamente dita, nesse caso, a busca seria por uma outra entidade empregatícia e não por um novo ramo de trabalho”.
O psicólogo acrescenta que a mudança de profissão envolve sentimentos de vivenciar novas experiências. Toda a alteração envolve escolhas e quando essas escolhas são realizadas sem a pressão de fatores externos tendem a acontecer de maneira mais satisfatória.
“É importante que destacar que durante a vida as escolhas podem mudar, ou seja, a profissão escolhida na juventude, ou até mesmo quando criança, pode não atender todas as expectativas da fase adulta e isso deve ser encarado com naturalidade, como algo que faz parte da mudança. Além disso, é fundamental levar em consideração que existem fases da vida em que a mudança é necessária”, enfatiza.
QUANDO OPTAR PELA MUDANÇA? – Em relação ao momento certo para fazer as mudanças necessárias, o profissional destaca que a troca de carreira, geralmente, não está ligada a resultados a curto prazo, pois envolve resultados que nem sempre dependem apenas das ações ou dedicação da pessoa. Ele destaca que não existe fórmula mágica que determine o momento certo para mudança e isso vai depender das particularidades da história de cada um.
“Essa escolha de mudança não pode acontecer sem ser devidamente avaliada, sem ser analisada, sem uma programação prévia. Avaliar o mercado, se identificar com aquilo que gosta, avaliar em relação a preparação – seja curso técnico, ensino superior. Tudo ser colocado na balança. Buscar auxílio profissional também é uma ação interessante nesse processo de mudança”, conclui.
Da Redação
TOLEDO