Inclusão: Associação apoia CER II com materiais para autistas em Toledo
![do atendimento da criança autista](https://media.jornaldooeste.com.br/2025/02/e1492cd6-cer_autistas_interna.jpg)
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Desde o ano de 2010, a Associação de Familiares e Amigos dos Autistas de Toledo, luta por inclusão, atendimento especializado e mais qualidade de vida para a pessoa com autismo e seus familiares. O trabalho também é contínuo e tem se expandido pela comunidade. Na terça-feira (4), a Associação fez uma doação de materiais terapêuticos para o Centro Especializado em Reabilitação (CER II) do município. A iniciativa teve como objetivo contribuir para a melhoria do atendimento e do desenvolvimento das crianças autistas que serão atendidas pelo Centro, pois o local ainda não está em funcionamento.
“Foram doados diversos materiais cuidadosamente escolhidos para auxiliar no tratamento e na estimulação das crianças, garantindo um suporte mais eficaz às necessidades individuais de cada uma”, citam algumas integrantes da Associação. “Entre os itens doados, destacam-se brinquedos educativos e jogos sensoriais entre outros recursos fundamentais para o desenvolvimento motor e cognitivo dos pacientes”.
COMPROMISSO COM A INCLUSÃO – Conforme a Associação, a ação reforça o compromisso da entidade com a inclusão e o bem-estar das crianças com autismo em Toledo. A escolha dos materiais foi feita visando proporcionar um ambiente mais acolhedor e terapêutico para os atendidos.
“A expectativa é que esses materiais façam a diferença no cotidiano das crianças, ampliando as possibilidades de atendimento e aprimorando as práticas terapêuticas. A Associação dos Autistas segue empenhada em promover ações que beneficiem a comunidade autista, fortalecendo parcerias e incentivando melhorias contínuas nos serviços oferecidos para as crianças e suas famílias”, apontam.
EM PROCESSO – “O CER II ainda está em processo de construção da documentação e da organização do espaço”, explica a coordenadora do CER Neuza Gripp. “No momento não estamos em funcionamento, pois estamos estruturando o serviço com toda a documentação e protocolos para a abertura do serviço”.
Neuza pontua que o CER II é um Centro de Reabilitação Física e Intelectual. Ela também cita que o Centro está provisoriamente na estrutura onde fica localizada a Central de Fisioterapia – na rua Thomas de Aquino, 640, na Vila Pioneira – e que a previsão de início das atividades é para a segunda quinzena de fevereiro.
ATENDIMENTOS AUTISTAS – O CER II conta com equipe multidisciplinar, fonoaudiólogas, fisioterapeutas, psicólogas, médicos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais. Neuza destaca que os atendimentos variam de acordo com a demanda de cada paciente.
“Podem ser atendidos pacientes a partir de 3 anos. O tratamento deve ser iniciado o mais precoce possível e adaptável com a demanda apresentada por cada paciente. O objetivo do CER II é melhorar a qualidade de vida das pessoas com autismo e de suas famílias, de extrema importância visando um melhor desenvolvimento da criança”, destaca ao enfatizar e agradecer o empenho e dedicação da Associação de Familiares e Amigos dos Autistas de Toledo ao lutarem por essa causa.
PRECONCEITO
Fisicamente não é possível ver algum tipo de indicativo, pois se trata de algo comportamental. Nem sempre fica evidente que a pessoa tem o Transtorno do Espectro Autista (TEA). É preciso ter sensibilidade e enxergar mais do que aparência e comportamento. O preconceito é um obstáculo. A pessoa com TEA e seus familiares ainda enfrentam a falta de inclusão social e inserção na sociedade e, nem sempre, têm os direitos garantidos. Todos os dias, pais, mães, avós sofrem julgamentos descabidos diante de situações inusitadas com entes queridos autistas. Uma sociedade bem informada, que é sensível às lutas alheias, se torna menos preconceituosa.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA), geralmente, inicia com o pediatra durante as consultas mensais de acompanhamento do desenvolvimento da criança. Quando surgem dúvidas em relação a comunicação, interação social e padrões restritos e estereotipados do comportamento, a criança é encaminhada para o neuropediatra ou psiquiatra infantil para iniciar a investigação com a equipe multidisciplinar. O caminho pode ser complexo até chegar ao diagnóstico e quem pode sofrer nesse processo é o paciente e seus familiares.
A qualidade de vida das pessoas com TEA está relacionada a identificação precoce e as terapias realizadas, por isso, é importante que esse público tenha acesso aos atendimentos, tenha uma rede de apoio, bem como seus familiares. A qualidade de vida envolve atendimento médico e de uma equipe multidisciplinar, geralmente, composta por profissionais na área de fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia e terapeuta ocupacional.
Atualmente, o que se tem de comprovação científica indica que a melhor linha a ser trabalhada com o transtorno é a análise aplicado do comportamento, com suporte para as famílias instrumentalizando os cuidadores para dar continuidade no trabalho em casa e também suporte para a escola. O TEA apresenta três níveis que vão direcionar as necessidades de apoio. São eles nível 1: caso leve, pouco apoio; nível 2: moderado, necessita de suporte substancial e nível 3: severo, apoio muito substancial ao longo de toda vida.
HISTÓRIA
A Associação de Familiares e Amigos dos Autistas de Toledo foi criada em 5 de setembro de 2010. Desde sua implantação, a instituição trava uma luta por inclusão, atendimento especializado e mais qualidade.
Da Redação
TOLEDO