Doença do trabalho X Doença Profissional: conheça as diferenças e como prevenir
Apesar de serem bem comuns nas empresas, ainda existem muitas dúvidas entre doença do trabalho X doença profissional.
Elas podem reduzir a produtividade, gerar afastamentos e causar tremendos prejuízos. A sua adequada compreensão, portanto, é muito importante para prevenir problemas, garantindo o bem-estar dos funcionários.
Os trabalhadores que estão sempre em contato com uma série de questões que podem colocar em risco a sua saúde. É o caso, por exemplo, das doenças do trabalho e doenças profissionais.
Saber o que elas são é fundamental para identificar o que causa e para reduzir o índice de afastamento de doenças desenvolvidas no trabalho.
Então, vamos falar sobre esse tema e tirar suas dúvidas.
Boa leitura!
O que é doença profissional?
A doença ocupacional ou profissional é aquela na qual o funcionário adoece por conta do seu trabalho no dia a dia. Muitas vezes, trata-se de condições crônicas, ou seja, doenças que ele terá pelo resto da vida.
É o caso, por exemplo, daqueles que trabalham como caixas em bancos e adquirem DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho) devido à movimentação do dia a dia ao contar dinheiro e registrar as informações nas máquinas.
Esse tipo de problema pode ocorrer pela exposição contínua a agentes de risco (físicos, químicos, biológicos e radioativos) que podem agravar quadros já existentes.
São, normalmente, quadros que se manifestam inicialmente de forma lenta e vão se agravando com o tempo.
Para provar a doença, basta que o colaborador, com o laudo, comprove o vínculo com a empresa em que trabalha. Normalmente, são problemas crônicos, incapacitantes e que em alguns casos podem levar à morte.
E o que é doença do trabalho?
A doença do trabalho é aquela que se desenvolve por conta das condições do local de trabalho. O problema surge de acordo com um fator específico, que está associado à função exercida, mas não é uma regra.
Sendo assim, o funcionário precisa provar que ocorreu uma piora da saúde por conta da sua função na empresa. Dessa forma, é possível diagnosticar o problema como uma doença do trabalho.
Por exemplo, uma diminuição da audição gerada por EPIs de má qualidade, que não abafam os sons da forma adequada, é uma das possibilidades de doenças de trabalho.
Ou seja, se o empregador tivesse oferecido o equipamento correto e um ambiente seguro, o problema não teria ocorrido durante as atividades na empresa.
Quais as diferenças entre a doença do trabalho e doença profissional?
Em geral, é a Previdência Social que faz o reconhecimento das doenças ocupacionais. Por outro lado, como as doenças do trabalho não costumam possuir um agente causador, elas não passam por esse processo.
Normalmente, as doenças ocupacionais tendem a ser incapacitantes em longo prazo, podendo gerar o direito à aposentadoria por invalidez e, em alguns casos, aposentadoria especial.
Já as doenças do trabalho precisam apenas de um afastamento temporário em curto prazo, já que o seu tratamento pode ser feito por tempo indeterminado.
Apesar das diferenças, ambos os problemas ganham direito ao benefício do Seguro Contra Acidentes de Trabalho. O trabalhador, nesse caso, tem acesso aos direitos previdenciários. Ambas também interferem consideravelmente na produtividade do profissional.
É fundamental compreender o que é doença do trabalho e doença profissional, bem como saber diferenciá-las, principalmente a fim de compreender as diferenças legais entre elas.
Outro ponto importante sobre o tema é a necessidade de gerar intervenções necessárias para evitar que os problemas apareçam e para garantir a saúde e a qualidade de vida para os funcionários.
Ambos os problemas podem gerar afastamento de trabalho para que seja feito o melhor tratamento.
Exemplos de doenças do trabalho
Existem vários tipos de doença do trabalho que podem atingir o trabalhador durante sua jornada de trabalho.
Por isso, fizemos uma lista com os principais tipos.
Veja!
Surdez ou perda auditiva;
Essa doença é caracterizada pela perda da sensibilidade auditiva devido a uma grande e prolongada exposição a ruídos.
Ela é considerada uma doença do trabalho pelo fato de que, mesmo estando relacionada ao desenvolvimento de alguma atividade profissional, ela não é típica somente de uma função.
Ou seja, ela pode ser desenvolvida em qualquer indivíduo submetido às mesmas condições, não sendo levado em consideração sua ocupação laboral.
A sua prevenção pode ser feita pela utilização correta dos equipamentos de proteção individual, como protetores auriculares.
Tal doença é bastante comum em operários da construção civil, trabalhadores de salão de beleza e trabalhadores de telemarketing, pois eles são expostos diariamente a ruídos exaustivos.
Quando ela está em um estágio avançado, a surdez ou perda de audição pode se tornar irreversível.
Cegueira ou perda da visão;
A perda da visão também pode ser uma doença do trabalho, geralmente causada por acidentes de trabalho, onde, em 12% dos casos, essa perda é irreversível, podendo chegar inclusive à cegueira.
De acordo com dados divulgados pela Sociedade Nacional de Prevenção da Cegueira dos Estados Unidos, a cada 100 acidentes de trabalho 90 poderiam ter sido evitados com a utilização correta do equipamento de proteção individual.
Por esse motivo, ao escolher os óculos de proteção, é preciso levar em consideração os seguintes critérios:
- Não retirar os óculos durante atividade laboral ou em áreas com risco, mesmo que seja somente por um momento. E, quando se aproximar da área, sempre colocar os óculos para evitar acidentes;
- Sempre utilizar óculos que estejam em perfeito estado e sem partes soltas;
- As lentes não devem estar arranhadas, trincadas ou sujas;
- Sempre escolher óculos de lentes com tratamento anti-risco por garantir uma vida útil muito mais longa aos óculos e para evitar o uso de lentes arranhadas, que podem afetar a visão;
- Os óculos devem proteger toda a área dos olhos, então o ideal é um modelo que se adapte melhor ao formato do rosto;
- Usar sempre o cordão de segurança, para que não ocorram queda dos óculos em maquinário, alimentos ou químicos.
- As lentes devem ser: incolor quando for usado em ambientes internos claros; cinza ou fumê e o verde quando usados em ambientes externos com luminosidade intensa (solar ou parcial), desde que não o profissional não use solda ou infravermelho; amarelo ou âmbar quando for usado em ambientes de baixa luminosidade, para usuários que trabalham em ambientes externos em período noturno. As lentes verdes também podem ser usadas para infravermelho e soldas, mas essas devem ser específicas. Em dias muito nublados uma lente escura pode comprometer a qualidade da visão;
- Os riscos de cada atividade também deve ser um critério para a escolha correta dos óculos de segurança, escolher os que melhor se adaptam.
LER (Lesão por Esforço Repetitivo)
A lesão por esforço repetitivo (LER) é uma alteração decorrente das atividades profissionais, causada em pessoas que fazem trabalhos que repetem diariamente os mesmos movimentos corporais.
Por causa desses movimentos, os músculos, tendões e articulações são sobrecarregados, e causam muita dor.
Por isso, alguns trabalhos são mais propícios a desencadear algum tipo de LER, devido ao uso excessivo do computador, passar muita roupa, realizar a limpeza manual de vidros e azulejos, polir de forma manual os carros, dirigir, tricotar e carregar sacolas pesadas, entre outros.
DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho)
A sigla DORT, vem de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho, estando ligada às atividades realizadas no trabalho.
Até os anos de 1970 esse termo quase não era utilizado, porém,depois desse período ela começou a ser bem conhecida.
Com o passar dos anos começaram a surgir essas lesões em digitadores, fazendo com que os sindicatos da categoria lutassem pelo reconhecimento dessas lesões como doenças profissionais.
Dessa forma, em agosto de 1987, o Ministério da Previdência atendeu tais reivindicações incluindo a tenossinovite do digitador no rol das doenças do trabalho.
Os principais sintomas da DORT, que é uma doença do trabalho, são:
- Dores crônicas;
- Tendinite;
- Dor na região lombar;
- Dor nos ombros;
- Dedo em gatilho (encurtamento dos tendões);
- Inflamação e fraqueza dos músculos.
- Tais manifestações podem vir associadas com:
- Estresse;
- Perda de foco;
- Dificuldade em interagir com os colegas;
- Problemas emocionais por conta das dores.
Depressão
Primeiramente precisamos diferenciar a tristeza da depressão, pois, a tristeza é somente um estado momentâneo, enquanto a depressão é uma psicopatologia que provoca no indivíduo um estado constante de desconforto e angústia.
A depressão é uma doença muito grave e que deve ser diagnosticada e tratada por um profissional especializado, e de forma correta e séria.
Ela pode deixar a pessoa lenta, com dificuldade de se concentrar e de memorizar as coisas.
Essa doença do trabalho pode se manifestar de diversas formas e os sinais variam de pessoa para pessoa, entretanto algumas características aparecem com mais frequência.
Algumas dessas características são:
- Desânimo, cansaço e indisposição
- Ansiedade, preocupação, insegurança e indecisão
- Sensação constante de culpa, inutilidade, incapacidade, desamparo e solidão
- Alteração no sono – tanto a insônia quanto o excesso de sono -, cansaço fora do normal
- Alteração no apetite – excesso ou falta dele
- Dificuldade de concentração e falhas na memória
- Ideias de morte ou suicídio
- Tristeza e/ou irritabilidade persistente, inquietação e isolamento social
- Perda da capacidade de sentir prazer nas atividades que antes gostava de fazer, seja no trabalho ou no lazer, inclusive na vida sexual
- Choro, insatisfação, afastamento das atividades sociais, perda de energia, preocupação excessiva com os problemas.
Por isso, no ambiente de trabalho é necessário que os gestores e os próprios colegas de trabalho prestem atenção em quem apresenta tais sintomas, para que, dessa forma, seja possível ajudar essa pessoa a buscar um tratamento.
Depressão é uma doença séria, mas que pode ser tratada e controlada.
Se você está passando por isso, não tenha vergonha de procurar ajuda especializada e adequada.
Se cuide!
Doenças causadas por vírus ou bactérias
Os principais profissionais que podem desenvolver doenças causadas por vírus e bactérias são aqueles que trabalham em:
- Hospitais;
- Clínicas;
- Laboratórios;
- Empresas de saneamento;
- Frigoríficos;
- Abatedouros, entre outros locais de trabalho.
As principais causas dessas doenças são:
- Contato com pacientes em isolamento por doenças contagiosas ou objetos não esterilizados, bem como com carne, sangue, ossos, etc,
- Contato com animais portadores de doenças contagiosas;
- Manipulação direta dos agentes em laboratórios;
- Limpeza hospitalar;
- Esgotos em galerias e tanques;
- Lixo urbano na coleta e na industrialização;
- Em serviços de exumação de corpos;
- Bóias fria;
- Contato com animais em abatedouros e indústrias alimentícias;
- Trabalhos com resíduos de animais deteriorados, etc.
As bactérias causam desde uma simples infecção alimentar até doenças graves como pneumonia, tuberculose e meningite.
Já os vírus causam desde um simples resfriado a doenças como, hepatite, sarampo, caxumba e em casos mais extremos, doenças pandêmicas como HIV, Ebola, COVID-19, e a nova H3N2.
Outras doenças
Podemos listar entre outros tipos de doença do trabalho:
- Problemas da visão: entre os mais comuns estão a conjuntivite, a catarata, a visão embaçada, dor de cabeça, dificuldade para enxergar ou ler.
- Silicose: o acúmulo de sílica no pulmão impede gradativamente a respiração, podendo evoluir à morte.
- Dorsalgias: são causadas geralmente por esforço repetitivo e uso excessivo de força ao levantar pesos. Causam problemas de coluna, como desvios e hernias de disco.
- Câncer de pele: afeta trabalhadores que se expõem por longos períodos ao sol ou irradiação.
- Varizes nos membros inferiores: profissionais que ficam muitas horas em pé, sentados ou com pouca movimentação podem ter a circulação sanguínea afetada.
Exemplos de doenças profissionais
Doença profissional ou doença do trabalho é aquela causada devido a realização de algum trabalho específico a uma determinada atividade, e que está disposto na lista elaborada pelo Ministério da Previdência Social.
A seguir vamos informar algumas doenças profissionais, fique ligado:
Dermatose ocupacional
A dermatose ocupacional é uma doença que tem como característica a alteração na pele e na mucosa do trabalhador, devido a exposição a determinados agentes nocivos no desempenho de suas atividades laborais, tais como a graxa ou óleo mecânico.
Esse termo engloba os seguintes males:
- Dermatite de contato;
- Ulcerações;
- Infecções, e;
- Câncer.
A sua prevenção depende da utilização contínua e correta de EPI.
Asma ocupacional
A asma ocupacional é provocada pela inalação de agentes tóxicos que provocam alergia.
Ela é caracterizada pela obstrução das vias respiratórias do colaborador por poeiras de substâncias como:
- Algodão;
- Borracha;
- Linho;
- Madeira, etc.
A forma mais eficaz de prevenção da asma ocupacional é a utilização correta dos equipamentos de proteção individual.
Síndrome do pânico
A Síndrome do Pânico consiste em um ataque súbito e muito intenso que a pessoa tem, ou seja, o indivíduo, naquele momento, sente que está correndo um grande perigo e que pode morrer a qualquer momento.
De acordo com a psicóloga Heliane Pessoa, o paciente que sofre dessa síndrome perde a percepção da realidade, tendo como foco somente aquela sensação de pânico que está sentindo no momento.
Ainda conforme a especialista, tal ataque pode durar de 10 a 20 minutos.
Essas crises de pânico podem estar ligadas a fatores genéticos, experiências traumáticas ou até mesmo alguma mudança radical.
Agora, quando essas crises acontecem no ambiente de trabalho, elas estão diretamente ligadas ao esgotamento no trabalho e a um ambiente estressante.
Além disso, se a pessoa não tratar da síndrome do pânico com um especialista e de forma correta, ela pode acabar desenvolvendo, inclusive, uma depressão.
Existem algumas situações que podem desencadear essas crises nos trabalhadores, vamos citar algumas:
- Cansaço excessivo e jornadas exaustivas;
- Situações de assédio verbal e moral;
- Problemas com a comunicação interna;
- Cobranças irreais e metas inalcançáveis;
- Clima ruim e com índice alto de insatisfação profissional.
Por isso, é importante que as empresas desenvolvam políticas e ações de saúde mental para ajudar o colaborador, criando também um ambiente de bem-estar e motivação no trabalho.
Cânceres por conta de exposição a produtos químicos
Essas são umas das doenças mais graves que são causadas no ambiente de trabalho devido a exposição a produtos químicos.
Trabalhadores da indústria têxtil que fazem a manipulação de corantes que contêm determinadas aminas estão mais sujeitos ao desenvolvimento do câncer de bexiga.
Já os trabalhadores que têm contato com benzeno em indústrias químicas bem como na fabricação de borracha tem um maior risco desenvolver leucemias e linfomas.
Os que estão expostos ao asbesto podem desenvolver câncer de pulmão e, caracteristicamente, mesotelioma de pleura, doença rara em quem não entra em contato com esse produto.
Por isso, mais uma vez vamos reforçar a importância de usar o EPI de forma correta e que a empresa distribua um equipamento de qualidade, para, dessa forma, preservar a saúde de seus trabalhadores.
Saturnismo (exposição ao chumbo)
Saturnismo consiste na intoxicação devido a uma grande exposição ao chumbo, acontecendo de forma mais comum em atividades ocupacionais, onde o trabalhador é exposto a essa substância.
No Brasil, de acordo com a NR-7, o Índice Máximo Permitido (IMP) de chumbo no sangue é de 60 mcg/dL, e o valor de referência é de até 40 mcg/dL.1
O chumbo é um metal que pode ser manuseado facilmente e que tem um baixo custo, e, por esse motivo, ele é muito usado pela indústria automobilística e naval, bem como na produção de tintas e em mineração.
Os principais sintomas da intoxicação por chumbo são:
- Gastrintestinais, tais como dor abdominal, vômitos e anorexia;
- Hematológicas, tais como anemia normocrômica e normocítica ou anemia hipocrômica e microcítica;
- Neurológicas, tais como cefaleia, ansiedade, depressão e irritabilidade;
- Insuficiência renal.
Pneumoconiose
Pneumoconiose são as doenças causadas quando a pessoa inala pó, e acontecem principalmente no local de trabalho.
Na pneumoconiose, acontece a inalação de forma repetida de pó, podendo causar a inflamação dos pulmões, danificando o órgão.
Dessa forma, com o passar do tempo, o sistema de defesa do corpo não consegue mais combater tais substâncias, provocando, assim, alterações pulmonares.
As consequências no pulmão do indivíduo variam, levando em consideração fatores como, o tipo de pó inalado, a quantidade, a presença de outros tipos de poeira e demais condições, como tabagismo e doenças pulmonares pré-existentes.
A pessoa com pneumoconiose apresentam sintomas como:
- Tosse (produtiva ou seca);
- Chiado no peito;
- Falta de ar durante a realização de esforços.
Agora, em casos mais graves, onde a pneumoconiose gera fibrose pulmonar, o paciente pode apresentar os seguintes sintomas:
- Muita dificuldade para respirar;
- Cor azulada nos lábios e unhas;
- Inchaço nas pernas, nos casos mais avançados da doença.
Por isso, é extremamente importante que as pessoas que trabalham expostas a qualquer tipo de pó usem o EPI adequado, para não correr o risco de desenvolver essa doença.
Estresse ocupacional
Estresse ocupacional é uma resposta fisiológica do próprio corpo do colaborador a algum estímulo ou situação que ele viveu no ambiente de trabalho.
É importante ressaltar que essas são reações automáticas do organismo devido a algum gatilho emocional onde acontece a liberação de hormônios como cortisol e adrenalina.
Com o passar do tempo, esse estresse frequente pode causar desgaste físico e emocional, o que diminui a imunidade da pessoa, deixando-a vulnerável a doenças.
Síndrome de Burnout
A Síndrome de Burnout é um transtorno que o esgotamento mental causa nos trabalhadores.
Tal síndrome causa diversos prejuízos na sua produtividade, causa alterações de humor de forma repentina, cansaço excessivo, podendo também apresentar sintomas físicos como dores musculares, náuseas e tonturas.
Resumindo, essa síndrome tem como característica uma tríade composta por exaustão emocional, despersonalização e baixo sentimento de realização.
Os principais sintomas da Síndrome de Burnout são:
- Cansaço excessivo ( físico e mental);
- Insônia / Dificuldade para continuar o sono;
- Perda de apetite;
- Dificuldade de concentração;
- Tristeza excessiva;
- Sentimento de derrota / Incompetência;
- Baixo sentimento de realização;
- Isolamento;
- Dor de cabeça;
- Negatividade constante;
- Sentimento de desesperança.
É importante ressaltar que se a Síndrome do Burnout não for tratada de forma correta a pessoa que sofre dela pode desenvolver uma depressão grave.
Por isso, é essencial que o colaborador passe uma avaliação de um profissional capacitado em saúde mental caso haja alguma suspeita que ele esteja passando por sintomas parecidos.
Diagnosticar a Síndrome de Burnout é bastante difícil, devido a grande semelhança com quadros de Transtorno de Ansiedade e Depressão, por esse motivo somente o profissional especializado pode dar o diagnóstico.
Outras doenças
Podemos listar entre outros tipos de doença do trabalho:
- Asbestose: causada pela inalação de pó de amianto.
- Silicose: relacionada à inalação de sílica.
- Antracose: oriunda da inalação de partículas de carbono derivadas do carvão ou grafite.
- Siderose: decorrente da exposição a partículas de ferro.
- Talcose: causada geralmente por processos de mineração e moagem do talco.
- Intoxicações pelo benzeno, por metais pesados ou por agrotóxicos
Papel do RH na prevenção e promoção da saúde
O RH tem a obrigação de promover ações no local de trabalho para que a saúde de seus trabalhadores seja preservada.
Isso é importante pois a produtividade dos colaboradores está diretamente ligada com a qualidade de vida, saúde mental e física de cada um.
Dessa forma, o RH deve promover ações como:
- Flexibilização de horário de trabalho;
- Formação contínua;
- Alargamento de tarefas e rotatividade;
- Incentivos ao bom ambiente de trabalho;
- Melhorias na ergonomia;
- Melhorias nas condições das instalações;
- Incentivo à alimentação saudável nas cantinas das empresas;
- Incentivos à prática de exercício físico;
- Formação e ajuda no combate ao stress;
- Distribuir EPIs de qualidade;
- Incentivo ao abandono do tabaco, etc.
Essas são algumas ações que o RH deve tomar para a promoção da saúde no local de trabalho e, dessa forma, prevenir o surgimento de doenças do trabalho e profissionais.
4 dicas para prevenir doença do trabalho e doença profissional
Embora tenham diferenças, como pudemos observar no conteúdo acima, várias doenças do trabalho e ocupacionais podem ser prevenidas por meio de atitudes simples e pontuais, que melhoram a qualidade de vida e evitam problemas mais sérios no futuro. Continue lendo e descubra como fazer isso.
1. Use mobílias ergonômicas
A ergonomia é a área da ciência que busca compreender as relações do homem com outros elementos e condições, utilizando esse conhecimento para otimizar o bem-estar humano e o desempenho geral de um sistema.
Além disso, trata-se de um bom investimento para gestores e empresas, pois pode evitar dores e fadiga dos colaboradores.
Mobílias ergonômicas são uma tendência e oferecem excepcional custo-benefício.
O mais comum é apostar em mesas e cadeiras que, por meio de design e tecnologia, tornam as condições de trabalho mais confortáveis fisicamente e mentalmente, garantindo uma melhor eficiência produtiva no dia a dia dos funcionários.
2. Conte com apoio psicológico
Oferecer um bom apoio psicológico para os funcionários é uma ideia que merece ser estudada, visto que traz benefícios tanto para a empresa como para o colaborador.
O psicólogo no ambiente de trabalho pode ter uma atuação bastante versátil, conseguindo mapear os perfis de colaboradores e identificar precocemente uma série de problemas de saúde.
Essa também é uma maneira inteligente de reduzir a incidência de ausências frequentes, bem como de prevenir doenças do trabalho e ocupacionais.
O serviço pode ser realizado por ações internas de RH ou terceirizados, promovendo o bem-estar e desenvolvendo uma melhor relação entre contratante e contratado, especialmente em longo prazo.
Com o Conexa Corporate, por exemplo, sua equipe garante o acompanhamento adequado com profissionais de qualidade é uma maneira de garantir que eventuais problemas sejam tratados adequadamente ou até mesmo evitados, com um diagnóstico precoce.
Somos uma plataforma digital que visa promover uma conexão mais fácil entre pacientes e especialistas de saúde, por meio da tecnologia.
Com a telemedicina, conseguimos romper distâncias, humanizar o atendimento e democratizar o acesso a consultas, favorecendo empresas, colaboradores e equipes como um todo.
Como você pôde ver, prevenir doenças do trabalho e ocupacionais depende de uma série de ações específicas, muitas das quais são simples de serem implementadas e podem oferecer um excelente resultado para o seu negócio!
3. Aposte na ginástica laboral
Não chega a ser uma grande novidade que a realização de atividades físicas promove uma série de benefícios para os seus praticantes, não é mesmo?
No entanto, o que algumas empresas e gestores estão percebendo, cada vez mais, é que a ginástica laboral pode ser uma poderosa aliada na prevenção de doenças do trabalho e ocupacionais.
Por meio de ações do tipo, é possível elevar a autoestima da equipe e promover maior sensação de bem-estar, melhorando questões psicológicas e sociais.
Os exercícios também diminuem a fadiga e o estresse, melhorando a postura e concentração, favorecendo o fortalecimento muscular e trazendo mais energia e disposição.