Após suspensão, serviços da duplicação da PR-317 devem retornar neste mês, diz DER

Estimated reading time: 5 minutos

Pouco mais de oito meses após o governador Carlos Massa Ratinho Junior lançar a pedra fundamental da restauração e da duplicação da PR-317, no trecho em que a rodovia atravessa o município de Toledo, as obras estão paralisadas.

A equipe de reportagem do JORNAL DO OESTE recebeu, na segunda-feira (13), essa sugestão de pauta de um leitor, pois ele questiona o motivo da suspensão dos trabalhos desta obra.

O JORNAL DO OESTE esteve no trecho e confirmou a informação. Na terça-feira (14), o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) disse que a duplicação da PR-317 no perímetro urbano de Toledo passou por uma revisão de projeto para substituição de uma solução para reforço de subleito da pista.

De acordo com o DER, as alterações ainda demandaram uma revisão orçamentária. “Elas foram finalizadas nesta semana e o projeto seguirá com a análise do pedido de aditivo do consórcio executor da obra para dar continuidade às atividades”, relata.

SERVIÇOS

Na oportunidade, o Departamento de Estrada e Rodagem explica que a perspectiva é que os serviços sejam, totalmente, retomados ainda no mês de janeiro. “Além disso, os trabalhos devem ser finalizados no segundo semestre deste ano”, menciona.

Atualmente, a obra está com 27,38% executada. Segundo o DER, foram realizados todos os serviços possíveis sem executar o reforço do subleito. Inicialmente, o investimento do Governo do Estado seria de aproximadamente R$ 45 milhões.

SEGURANÇA

Na época em que a pedra fundamental da obra foi lançada, as autoridades presentes no evento enfatizaram que a duplicação trará mais segurança aos moradores de Toledo e agilidade para o escoamento da produção na região. Neste momento, ela preocupa a classe empresarial daquela região.

A Associação das Empresas do Loteamento João Bortolotto representa aproximadamente 50 empresários e está sediada no Parque Industrial. O presidente Helton Carlos Corrêa explica que a paralisação na obra traz preocupação para a classe. “A empresa não retornou para fazer os seus serviços. Nós mantemos contato com o DER, porque é de nosso interesse que a obra seja executada”.

De maneira geral, Corrêa afirma que a classe empresarial avalia a duplicação como positiva. “O serviço vai colaborar no escoamento da produção de cada empresa sediada no Parque e no recebimento da matéria-prima, já que a duplicação é uma ligação rápida com a rodovia BR-467”. Mas, o presidente da Associação comenta que a suspensão do serviço traz insegurança. “A sinalização não está tão boa e acidentes podem ser registrados, como já aconteceram em períodos anteriores”.

Um empresário – que preferiu não se identificar -, também enfatiza que a duplicação da PR-317 está insegura. “Os horários de picos, como 8h, meio-dia ou 18h são considerados caos para empresários e funcionários. Os movimentos com veículo, motocicleta ou bicicleta são intensos e a velocidade na duplicação é considerada alta”.

O empresário pontua que, atualmente, as pessoas que utilizam esse trecho, residem ou trabalham nas proximidades não possuem um acesso seguro. “Quem precisa cruzar a rodovia não possui acostamento para realizar uma parada ou até mesmo fazer o contorno de ambos os lados”.

Outro fator destacado pelo empresário está relacionado ao fluxo de caminhões. “O trecho é, simplesmente, um caos nos horários de picos. Nós precisamos que as autoridades adotem algumas medidas para tornar o acesso e a saída do Parque Industrial João Bortolotto mais seguro. “Também é preciso considerar a terra e o barro. Quando chove, ônibus e caminhão atolam. A duplicação está insegura e em algum momento pode ocorrer um acidente”.

ADITIVO

O presidente da Associação explica que o aditivo na obra também deixa a classe empresarial receosa. “Conhecemos obras que foram paralisadas e não foram concluídas. Também existe um desgaste das empresas que estão sediadas por conta de modificações do trânsito. O problema é quando existe essa prorrogação. Inclusive, já passou do prazo”, afirma Corrêa.

Ele complementa que a prorrogação ou a não finalização da obra traz insegurança ao Loteamento Industrial e para a comunidade em si. “Um detalhe: essa obra foi iniciada antes de maio de 2024. A pedra fundamental foi lançada em maio do ano passado com a presença do governador e da equipe do DER. As autoridades apresentaram para nós que essa obra seria concluída até o final de janeiro de 2025. Atualmente, a estimativa de finalização é mais oito meses; então a previsão de término é para final de setembro deste ano”.

Os integrantes da Associação das Empresas do Loteamento João Bortolotto se reunirão no dia 29 de janeiro. Diversos assuntos serão tratados no encontro, entre eles, a duplicação do trecho em questão.

A OBRA

Ao todo são mais de três quilômetros de extensão, entre o entroncamento da rodovia BR-163 e a rotatória da Rua 1º de Maio. Durante o evento em maio do ano passado, em Toledo, o governador Carlos Massa Ratinho Junior disse que a rodovia será totalmente transformada. “O trecho é uma ‘artéria’ importante para atender Toledo e traz mais segurança e mais comodidade para a população”.

Da Redação

TOLEDO

...
Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.