Embaixada Solidária precisa de doações para o Bazar Refúgio
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A regra é simples: para cada peça de roupa nova que entra no armário, uma sai para doação. E muitas pessoas aproveitam essa época para renovar o guarda-roupa com as novidades e as promoções, que são um atrativo a parte. E ao invés de acumular peças sem uso, uma boa destinação são os bazares solidários, como o da Embaixada Solidária com o Bazar Refúgio, que revendem os itens a preços acessíveis e ajudam a quem tanto precisa.
Em Toledo, o Bazar Refúgio, realizado pela Embaixada Solidária faz esse trabalho e atende as famílias de migrantes e refugiados. Neste período, a Embaixada Solidária faz um apelo a comunidade de Toledo para continuar mantendo os atendimentos. A presidente Edna Nunes comenta que entidade enfrenta um momento crítico e depende da ajuda da sociedade.
As doações podem ser de roupas, calçados, acessórios e utilidades. O ponto de coleta fica na Rua São João, 7871 no bairro Gisela. As doações podem ficar na garagem aberta 24 horas com segurança monitorada.
ASSISTÊNCIA – Com atendimento ampliado para a região Oeste, a Embaixada Solidária vê seu trabalhado alcançando pessoas de 41 países, além de brasileiros de todos os estados da federação. Só em Toledo são cerca de 5 mil migrantes e refugiados. Edna Nunes cita que na região são aproximadamente 22 mil pessoas registradas até o momento.
E o final do ano é o momento mais delicado para entidade. “Nós estamos com caixa praticamente zerado porque aumentou bastante o número de atendimentos e também estamos concluindo a obra da cozinha, o que exigiu gastar de capital livre, por isso estamos com o caixa praticamente gerado”.
Nesta época, os atendimento na Embaixada também aumentam com a chegada de mais pessoas e os gastos extras no atendimento com alimentos, com as crianças. Nos meses de janeiro e fevereiro, época que grande parte da população sai de férias, as doações para a entidade caem significativamente. A presidente explica que eles dependem do bazar pra manter o trabalho.
“É a nossa única fonte de renda. Não temos, por enquanto, nenhuma outra fonte de renda. Então precisamos doar mais, mas temos menos itens pra vender porque a nossa prioridade sempre é a doação. Então janeiro as pessoas saem de férias e não doam. E fevereiro até o país recomeçar as doações demoram a chegar”, comenta a presidente.
Edna pontua ainda que o começo de ano ainda tem outro desafio para a Embaixada, que é o complemento do material escolar das crianças atendidas, que junto com outras despesas pesa no orçamento da entidade. “A despesa de combustível fica muito mais pesada neste momento. Então, é um dos períodos mais delicados pra nós. Por isso estamos fazendo esse apelo. Nosso estoque baixou muito e vamos receber muita gente pra trabalhar em janeiro e fevereiro porque as empresas estão contratando”, cita ao complementar que a Embaixada Solidária dá o subsídio de roupas, calçados, enxoval, itens de casa, móveis, entre outros para os assistidos.
ATENDIMENTOS – A Embaixada Solidária mantém, aproximadamente, 300 atendimentos por mês. Muitos deles, Edna explica que são complexos, como por exemplo montar uma casa para uma família. “Documentar uma pessoa significa 4 ou 5 idas para Cascavel, além dos custos com advogado e outras despesas. Então trabalhamos com alta complexidade e, por isso demanda bastante recursos”.
A presidente da entidade enfatiza que a Embaixada termina o ano com grandes conquistas, mas com o caixa praticamente zerado, sem recursos do Município, do Estado ou da União. “Mantemos esse trabalho com o trabalho voluntário, com o bazar, entre outros. Essa é a nossa preocupação, inclusive de não conseguir atender durante janeiro e fevereiro caso não tenhamos uma reação de caixa. Por isso precisamos de doações e do apoio da comunidade”, finaliza Edna Nunes.
Da Redação
TOLEDO