Engenheiro Agrônomo: profissional que colabora ao desenvolvimento do Agro

A base da economia brasileira é a produção de matérias-primas agropecuárias. O agronegócio brasileiro representa cerca de 21% do Produto Interno Bruto (PIB) e aproximadamente metade das exportações. Devido a pujança econômica, o agronegócio é também um campo repleto de oportunidades, de desenvolvimento e de geração de empregos.

Diversos profissionais atuam para que o agronegócio alcance resultado positivo, entre eles, o Engenheiro Agrônomo. Um profissional que atua em todas as etapas do agronegócio, desde a venda de insumos, máquinas e implementos agrícolas até a comercialização do produto final, passando pela consultoria aos produtores rurais e aos demais setores. Hoje (12) é celebrada a regulamentação da profissão no país. Nesta mesma data, a Agronomia foi regularizada como profissão no Brasil.

De acordo com o presidente Associação dos Engenheiros Agrônomos de Toledo (AEA) Leodacir Zuffo, o profissional possui papel de destaque em vários elos da cadeia produtiva, tanto “antes da porteira” como “depois da porteira”. “Isso acontece porque a produtividade e a lucratividade dos cultivos agrícolas e das criações estão diretamente relacionadas com o planejamento e o gerenciamento, com a adoção de boas práticas e com a utilização dos manejos e das tecnologias adequadas”, comenta.

PLANEJAMENTO – Zuffo menciona que o planejamento, as boas práticas, o manejo e as tecnologias que são apropriadas para uma propriedade rural podem não ser adequadas para a propriedade rural vizinha, pois existem diferenças no modo de pensar dos vizinhos, nas máquinas e implementos disponíveis, no solo e no histórico da área.

“Assim, não existe uma ‘receita-pronta’, que poderá ser replicada em todas as propriedades rurais. E como cada caso é único, o Engenheiro Agrônomo precisa levar em consideração uma série de variáveis para adotar suas decisões técnicas”, pontua o presidente da AEA.

Além disso, cada vez mais, o mundo busca por alimento. Estudos mostram que a população mundial tem a tendência em aumentar entre 30% e 35% nos próximos anos. Além disso, a classe média deve crescer em proporção semelhante ao da população e, por consequência, o crescimento do consumo de proteínas. “O Engenheiro Agrônomo está preparado para auxiliar em uma produção com mais eficiência e qualidade. Legalmente, cerca de 5% de terra é produtiva no mundo e precisamos produzir mais para sustentar as pessoas”.

Conforme o presidente da AEA, a empresa busca um profissional com uma boa técnica e com conhecimento em administração. “Precisa ter outras habilidades, como o de ser um bom negociador. Trabalhar com pessoas não é fácil. Essa prática deve ser dialogada com outros colegas e atividades relacionadas ao agronegócio, como conhecimento técnico e ser um agregador do grupo”.

DELIBERAÇÕES – Congressos são eventos que colaboram na formação de conhecimento do engenheiro agrônomo e, principalmente, na elaboração de deliberação. Segundo o diretor Administrativo e Financeiro da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná Ricardo Antônio Palma, um item aprovado, em Toledo, diz respeito ao fortalecimento no planejamento e na gestão de políticas públicas. “É uma deficiência da categoria. Nós votamos em deputados estaduais e federais, senadores, governadores ou presidentes. Votamos para eleger nossos representantes no Legislativo e no Executivo, porém temos poucos profissionais que estão nesta área ou auxiliam essas pessoas. Nós precisamos nos impor para termos legislação e execução de políticas favoráveis aos produtores rurais e a sociedade”.

Palma enfatiza que a área urbana é considerada maior em comparação a rural. Com isso, a produção de alimento deve ser maior e, consequentemente, existe a necessidade de ter uma legislação favorável. “Reformas precisam ser promovidas, entre elas, a Tributária. A sociedade deve colaborar em todo o processo, assim como o produtor rural e o engenheiro agrônomo”.

Na ocasião, Zuffo parabenizou ao engenheiro agrônomo. “Parabéns a você, Agrônomo, pelo seu dia. Você que tem o desafio de aumentar a produção de alimentos, preservando o meio ambiente. Nos orgulhamos por tê-lo fazendo sua parte como um importante profissional que tem o compromisso com um futuro sustentável”.

Da Redação

TOLEDO