Equipe de Manutenção da usina de Itaipu inovam para minimizar poeira durante atividade de jateamento

As equipes da Superintendência de Manutenção da usina de Itaipu precisaram de criatividade para solucionar um problema que surgiu nas primeiras semanas de setembro, durante o trabalho de jateamento do monta-cargas instalado na área de montagem central: a poeira.

O equipamento está passando por uma modernização que, dentre outras atividades, inclui a retirada da tinta antiga para a nova pintura. Isso é feito por meio do jateamento com granalha, que são pequenas partículas de aço abrasivas que servem para limpeza e preparo da superfície para a receber a nova camada de tinta.

Acontece que esse trabalho gera bastante poeira e, segundo o gerente da Divisão de Manutenção Mecânica de Serviços Auxiliares, Marcelo Andrade Penzin, é necessário retirar esse resíduo do ar, principalmente nas elevações 108 e 133. “Isso porque há painéis elétricos e outros equipamentos onde não é conveniente a presença de poeira”, explicou.

A solução foi criar uma espécie de superexaustor para sugar a poeira do ar e direcioná-la para um ponto em que possa ser neutralizada. Isso foi feito com muita inventividade pelos técnicos Manoel José de Souza e Ronaldo Gabriel de Lima Silva. Sob a supervisão de Nabor Ferreira Cabral, eles desenvolveram o equipamento utilizando a criatividade e os conhecimentos adquiridos ao longo dos anos.

O projeto faz com que as partículas em suspensão sejam puxadas por um duto até a cota 144, onde são direcionadas até um jato d’água que as neutraliza, evitando a sua propagação.

A ideia surgiu porque, segundo Penzin, somente o isolamento dos locais afetados com lonas não foi suficiente para conter a propagação do pó. “Eles foram criativos, pegaram o ventilador de uma área, os dutos de outra, o pulverizador de outra, aí foram montando o sistema de exaustão”, afirmou.

E foi essa sinergia dentro da empresa, na opinião de Manoel de Souza, que tornou possível o projeto. “Nós pedimos ajuda para outras áreas da empresa e essa ajuda veio. Foi muito importante esse auxílio para o resultado”, destacou. “A integração foi fundamental. Tivemos apoio para realizar a alimentação elétrica, bem como para a instalação da rede de água, das isolações e dos dutos. Foi a integração que permitiu que o equipamento fosse construído e funcionasse tão bem”, reforçou Ronaldo Silva.

A ATIVIDADE – O monta-cargas é uma espécie de elevador com 4,5 metros de altura, 4 metros de largura e 12,75 metros de profundidade que permite levar uma infinidade de materiais entre as diferentes elevações, ou cotas, da usina. É um equipamento muito versátil para a atividade no dia a dia, principalmente por possibilitar o acesso de veículos ao interior da casa de força, permitindo fazer o transporte de cargas dentro do próprio veículo, nas cotas onde a circulação é permitida.

“Há oficinas dispostas na casa de força e as equipes conseguem descer com ferramentas, peças, tudo embarcado nos próprios veículos. Inclusive, é possível transportar no monta-cargas empilhadeiras, ambulância, caminhão Munck e até guindastes, se precisar”, comentou Nabor.

Os dois monta-cargas da Itaipu foram construídos em 1981 e têm capacidade de transportar até 30 toneladas cada um. Eles também são equipados com uma ponte rolante – um tipo de guindaste – que suporta até 5 toneladas, para movimentação de materiais dentro do próprio monta-cargas. Os equipamentos estão passando agora por uma modernização, a primeira desde a sua construção.

FOZ DO IGUAÇU

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