Estado firma parceria com a Índia para que universidades recebam supercomputadores

O Estado do Paraná e o Governo da Índia, um dos principais parceiros do Brasil na Ásia, formalizaram uma parceria para instalar uma rede de computadores de alto desempenho, os chamados supercomputadores, nas universidades estaduais paranaenses. A iniciativa vem sendo articulada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e a Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná. A oficialização ocorre na semana em que o embaixador indiano no Brasil, Suresh Reddy, visitou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), na região dos Campos Gerais, será a primeira universidade do Paraná a receber essa tecnologia e irá abrigar o computador de maior potência, o cérebro dessa rede de pesquisa. O Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) de Bioinformática também está por trás da iniciativa. Nos próximos anos a expectativa é levar para as demais seis universidades.

“Escolhemos a Índia como parceira porque ela foi uma potência que nos abriu a possibilidade de transferência de tecnologia, de know how“, comenta o professor e pesquisador sênior Jorge Edison Ribeiro, responsável pela gestão dos projetos estratégicos dessa parceria. “Nós tivemos o infortúnio, na nossa primeira ação, de ter tido o período pandêmico, o que dificultou essa vinda dos indianos para montarem a primeira máquina aqui no Brasil”.

O convênio inclui, ainda, o Centro de Desenvolvimento de Computação Avançada da Índia (C-dac, da sigla em inglês). Referência mundial em tecnologia, a Índia é um dos quatro países no mundo a desenvolver seus próprios computadores de alta performance, ao lado dos Estados Unidos, China e Rússia. Isso é feito através da National Supercomputing Mission, uma missão nacional para a construção e instalação de uma rede de supercomputadores no país.

“O nosso compromisso com o C-dac e o deles conosco é de transferir essa tecnologia de supercomputação e nos ensinar, montando as máquinas aqui no Paraná, na UEPG”, completa o coordenador do Napi de Bioinformática e professor da UEPG, Roberto Ferreira Artoni. “Esses computadores são altamente competentes para realizar cálculos numa velocidade muito alta. Nós temos que pensar no desenvolvimento científico e tecnológico que é hoje muito dependente dessa área”.

Com a instalação e a operação dessa rede no Paraná, pesquisadores das áreas da Saúde, Ciências Agrárias e Ciências Biológicas poderão desenvolver seus trabalhos com maior eficiência, contribuindo ainda mais para o avanço da ciência no Estado, abrindo caminho para que outras áreas também se envolvam com esse tipo de tecnologia.

Da AEN

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