Estagiárias da Itaipu criam projeto de educação para jovens adolescentes

Quando as estagiárias Ana Luiza Toebe e Marisol Aguilar Arce, da Divisão de Administração de Benefícios da Itaipu, criaram o Projeto Vida Plena: Saúde, Igualdade e Escolhas, no início de 2024, mal sabiam que a ideia seria tão bem aceita. Agora, em fim de estágio, as duas estudantes de Serviço Social da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) promoveram a segunda edição do projeto, com a promessa de que a iniciativa tem tudo para continuar na empresa.

É o que diz Vinicius Ortiz, coordenador do Programa de Iniciação e Incentivo ao Trabalho (PIIT), o programa de jovens aprendizes da Itaipu. De acordo com ele, o projeto foi muito bem aceito e deve ser ampliado, entrando na programação oficial das atividades do PIIT. “O Vida Plena é uma ação que precisa estar conectada com outras ações nas áreas de saúde mental e saúde física dos adolescentes. O projeto é parte disso, fala de saúde e sexualidade das mulheres e da saúde dos homens. Com certeza, veio para ficar”, afirmou.

As oficinas foram ministradas em duas edições, a primeira em fevereiro e a segunda, em agosto. Em sua primeira edição, o projeto foi voltado apenas para mulheres, tratando temas de saúde feminina como ciclo menstrual, métodos contraceptivos, saúde ginecológica, exame Papanicolau, infecções sexualmente transmissíveis, entre outros.

Na segunda fase, o projeto foi aberto também para os meninos e trouxe temas como o cuidado com a saúde masculina, a importância do acompanhamento médico, além do uso de preservativos e outros assuntos de interesse dos dois sexos. Os temas foram escolhidos conforme os direitos prescritos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): acesso à saúde e educação, direito à liberdade, respeito, dignidade, entre outros.

“A gente fez a primeira edição como projeto de extensão de nosso estágio obrigatório. As oficinas foram tão bem aceitas que nos pediram para fazer essa segunda edição com a possibilidade de os meninos participarem. Tivemos que reformular o conteúdo, focar também nos meninos, deixar mais abrangente”, explica Ana Luiza.

Para ela, o projeto contribui com a própria formação, como aluna de Serviço Social, porque permite a aproximação com os adolescentes. “Nós fazemos uma roda de conversa e deixamos todos falar, não tem certo ou errado”, diz. “Deixamos um marco no programa e espero que mais para frente continuem aplicando essas oficinas, amplie o projeto.”

A estagiária iguaçuense tem 22 anos e termina seu estágio na Itaipu na sexta-feira (23). No domingo (25), ela parte para São Paulo e, depois, para a República Tcheca, onde vai cursar um semestre da faculdade. Ela deve voltar em janeiro para o Brasil e concluir o curso na Unila.

Já a peruana Marisol, de 28 anos, fica na Itaipu até setembro e deve voltar para Arequipa, no Peru, para as férias de fim de ano. Ela volta em 2025 para concluir a faculdade e planeja já emendar um mestrado em estudos de gênero, também na Unila. Sobre o projeto, ela ficou feliz por poder ajudar os adolescentes a refletir sobre temas importantes. “Fizemos dinâmicas para saber se eles absorveram bem os temas e fico muito orgulhosa de poder ter feito essa segunda edição”, afirma.

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