Finanças pessoais: ainda dá tempo de fazer um planejamento para 2022
O primeiro mês de 2022 terminou e algumas promessas do início do ano, praticamente, ficaram lá na primeira semana. Entre elas a necessidade de organizar as finanças. Mas, ainda é possível correr atrás do prejuízo e realizar um planejamento financeiro para este ano.
Assim como em uma partida de futebol onde o jogo só termina no final do segundo tempo, o economista Rui Airton Cornelius comenta que ainda tem tempo para reorganizar os planos do início de ano e começar a tirar as ideias do papel.
“É preciso lembrar que muitos de nós temos nos primeiros meses do ano o momento de organizar nos fluxos financeiros, e para isso precisamos juntar documentos de rendimentos do ano anterior para a famosa declaração de imposto de renda. Nada melhor nesse momento compreender que aquele que durante o ano tem planejamento, sabe exatamente a importância de ter um planejamento orçamentário e documental. Logo o momento de fazermos a declaração nada mais será do que um fato de uma análise do que executamos no ano anterior. Nunca é tarde para começar organizar”.
ORGANIZAÇÃO – Organizar a vida financeira pode ser um grande passo para conquistar a liberdade financeira. Cornelius cita que ao realizar um planejamento, é preciso considerar duas coisas fundamentais. A primeira é quais serão as receitas mensais do ano de 2022 e quais serão as despesas, que são os gastos fixos como aluguel, água, energia, internet, enfim. “Depois disso você poderá pensar nos seus desejos, ou seja, na aquisição de novos bens ou serviços, viagens, presentes”.
Conhecendo as receitas e as despesas fixas que devem ser garantidas todos os meses, o economista pontua que a pessoa saberá dosar o que sobra para outras áreas da sua vida financeira. “Então, se quero fazer uma viagem consigo todo mês dispor de uma pequena parcela que vou poupar para este gasto futuro, é a conta: desejo+plano=planejamento”, explica.
DISCIPLINA – Contudo, organizar as finanças requer disciplina, foco e perseverança. A pandemia da Covid-19 desafiou o orçamento doméstico de muitas famílias nesses dois últimos anos. Com a economia retomando muitas pessoas acreditam ser mais fácil colocar as contas em dia. Porém, o economia salienta que as crises econômicas são cíclicas; umas geradas por pandemias, outras por intempéries climáticas, outras por demandas excessivas.
Portanto, ter um planejamento financeiro é essencial para atravessas esses períodos críticos. “Isso será uma constante na nossa vida econômica, portanto o processo de planejamento é exatamente para que possamos passar pelas crises de forma organizadas, sem desesperos financeiros que provocam mais dividas”.
Cornelius complementa que cada real poupado diariamente no processo de planejamento financeiro irá construir um amortecedor que suavizará o impacto de uma crise futura, como uma perda de um emprego, por exemplo. “Assim, ter reservas financeiras evita que você caia em armadilhas de juros caros adquiridos na oportunidade da crise”.
RESERVA – Com as finança da casa organizada, o economista Rui Airton Cornelius orienta que, para não entrar no aperto novamente a regra é simples, poupar sempre. “Crie o hábito de guardar 10% da sua receita mensal. Em dez meses terá o equivalente a um mês de trabalho. Pense nessa reserva como alguém que lhe emprestaria dinheiro para uma eventualidade de graça. Esse processo parece simples e fácil e é, porém exige um esforço gigante, principalmente por que nosso desejos para gastar serão sempre maiores”.
Ele exemplifica a orientação como um céu. A cada real poupado é como se fosse uma estrela no céu. “Se uma crise vier (a escuridão), perceberá que o seu céu estará repleto de estrelas e seu futuro será uma noite clara e iluminada. Você poderá decidir melhor e se sentirá mais confiante”, conclui.
Da Redação
