Foodtech Toledo se reúne para tratar do papel das entidades

Representantes das universidades públicas e privadas, poder público, Iguassu Valley, Senai, Sebrae, Senac e de empresas do setor de alimentos em Toledo se reuniram nesta terça-feira para tratar o papel de cada um no processo de fortalecimento do Foodtech, um projeto desenvolvido para não apenas ampliar, mas de unir forças e tornar Toledo uma referência no setor gastronômico de uma forma mais ampla.

O trabalho começou ano passado, conforme explica o coordenador Rufer Filho. “Buscamos identificar como estava o ecossistema na região e avaliar quais ações para intensificar esse setor de alimentos e bebidas”, explica, destacando ter sido “um ano de muito trabalho”.

A ideia é conectar a pesquisa, indústria e o produtor. De acordo com Rufer, existem muitas pesquisas científicas sendo realizadas em Toledo e região atualmente e o produtor muitas vezes não toma conhecimento, “e às vezes é algo que o produtor está necessitando ali dentro (de sua propriedade) e ele não sabe que está sendo estudado na universidade. Às vezes uma dor do produtor ou das empresas pode ser resolvida e precisamos aumentar essa interatividade”.

Para o coordenador, através do Foodtech será possível ampliar não apenas a inovação, mas também o número de empreendimentos no setor em Toledo e região, sendo possível desenvolver ainda o crescimento das organizações já estabelecidas.

PAPÉIS – O diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Prefeitura de Toledo, Amir Kanitz, explica que o objetivo do encontro desta terça-feira, desse ecossistema de inovação na área de produção de alimentos, foi conhecer melhor todos os atores envolvidos e criar uma governança para que as ações de longo prazo sejam estabelecidas.

“É um grupo relativamente novo, mas que está estabelecendo suas linhas de trabalho para fomentar e facilitar que esse ecossistema se fortaleça””, aponta Amir, citando ainda que a meta é estabelecer um hub de negócios para que “todos possam reforçar um ao outro, simplificando essa linha e enriquecendo esse ecossistema de inovação”.

SOCIEDADE FORTE – Na visão de Amir Kanitz, o poder público não pode atrapalhar as iniciativas da sociedade. “Ele, poder público, precisa simplificar o caminho para que as pessoas empreendam. Um papel que o poder público pode ter é permitir que a sociedade civil organizada seja maior que o próprio estado”, diz o diretor, apontando ainda que as administrações públicas precisam ser “uma alavanca de desenvolvimento para que a sociedade produza riquezas”.

Ainda segundo Amir, o poder público precisa oferecer segurança, estabilidade e ordem para que a sociedade se desenvolva. “O poder público não vai elaborar produtos novos, mas sim tentar manter ou melhorar os serviços básicos e tentar reduzir o custo da máquina pública, com isso permitindo que o desenvolvimento ocorra dentro da própria sociedade”.

MATURIDADE – Para 2023, segundo Rufer Filho, já estão identificadas quais ações precisam ser tomadas e o foco é colocar em prática esse planejamento. O objetivo é que o ecossistema completo de alimentos e bebidas ganhe maturidade, “desde o pequeno produtor, passando pelas universidade e empresas se beneficiem desse ecossistema”.

Na avaliação dos integrantes, o Foodtech hoje estaria numa fase ainda embrionária, em nascimento. Para atingir uma fase um pouco melhor serão necessários entre 15 a 20 anos. “É um trabalho degrau a degrau”, comenta Rifer Filho, completando que o maior trabalho esse ano será “entender essa conectividade e aumentar a interatividade nos próximos dois anos e tornar o Foodtech em Toledo uma referência no ramo de alimentos e bebidas”.

Da Redação

TOLEDO

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