Forças Policiais de Toledo esclarecem ameaças de ataques a unidades de ensino

Em um curto espaço de tempo ataques a unidades de ensino no Brasil preocuparam autoridades neste ano. De acordo com uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), desde 2002 foram listadas 22 ocorrências no país. Além disso, do total de casos, 13 estão concentrados apenas nos últimos dois anos. Ao todo 30 pessoas já morreram, sendo 23 alunos, cinco professores e dois funcionários das escolas. O caso mais recente acabou com a morte de ao menos quatro crianças em uma creche de Blumenau, em Santa Catarina (SC), no dia 5 de abril.

Em Toledo, ameaças de possíveis ataques à Escolas ou Colégios do município foram investigadas pela equipe da 20ª Subdivisão Policial (SDP). Uma coletiva com a imprensa foi realizada, na tarde de última quarta-feira (12), com a presença do delegado chefe da 20ª SDP Alexandre Macorin, o representante do 19º Batalhão da Polícia Militar capitão Evandro Ropelatto e o secretário Municipal de Segurança e Trânsito major Christian Guilherme Goldoni.

Macorin explica que a Polícia Civil de Toledo recebeu denúncias de possíveis ataques em escolas privada ou pública. “Quero deixar claro e de forma categórica que em conjunto com as forças policiais os casos ocorridos foram todos esclarecidos pelos investigadores”, destaca.

TROTES – O delegado chefe da 20ª SDP menciona que os dois casos foram cometidos por crianças de 10 e 11 anos. “Foram duas crianças querendo causar trotes. Abaixo de 12 anos de idade, a ocorrência encerra a Polícia de fazer qualquer ação na percepção penal. Repassamos os casos ao Conselho Tutelar, ao Ministério Público e ao Juizado da Vara da Infância e Juventude”.

Na oportunidade, Macorin enfatiza que a população de Toledo pode ficar tranquila. “Todas as postagens realizadas no município foram esclarecidas e nenhuma era verídica. Elas eram trotes para os colegas e sem a participação de um maior de idade. Esses foram os dois únicos casos postados na cidade. Em Toledo, não existe a possibilidade de ser arquitetada alguma ação do gênero”, enfatiza o delegado.

RECOMENDAÇÃO – Segundo o secretário Municipal de Segurança e Trânsito de Toledo major Christian Guilherme Goldoni, a equipe local atua com as demais forças policiais. “Rondas são realizadas nas escolas e nos colégios”.

Além disso, uma recomendação no município orienta a equipe pedagógica a dialogar com o seu corpo técnico sobre a propagação de notícias falsas e outros cuidados. “A recomendação foi realizada com a participação da Secretaria de Educação. No ambiente escolar, as aulas não foram canceladas e o nosso trabalho está normal, porém mais duas viaturas atuam de maneira exclusiva na Educação”.

...

PATRULHAMENTO – O capitão da PM, Evandro Ropelatto, complementa que o trabalho com as demais autoridades policiais otimiza qualquer informação. “A Polícia Militar está direcionada para realizar rondas próximas aos estabelecimentos de ensino, quando não estiver em outra situação, pois queremos transmitir segurança e tranquilidade aos estabelecimentos de ensino e, principalmente, para toda a sociedade”.

Ropelatto ainda recomenda que as pessoas não se defendam por conta própria. “Além disso, que elas não permitam que as crianças levem para a escola qualquer instrumento que possa ser usado para a defesa. As forças policiais existem para dar segurança para a população e diante de qualquer suspeita precisamos ser comunicados. Nós chegaremos o mais rápido possível para fazer a intervenção”.

Na oportunidade, o delegado chefe da 20ª Subdivisão da Policial ainda recorda que diversos diretores buscaram o estabelecimento para realizar o boletim de ocorrência. Eles relataram que estudantes estavam levando objetos pessoais para auto defesa. “Conclamamos aos pais assumam a responsabilidade neste quesito. Que as famílias conversem e tranquilizem seus filhos e verifiquem o material escolar. A segurança é um dever de todos e as forças policiais já demonstraram que atuam em conjunto. Enfatizo que os casos de Toledo foram trotes e causados por crianças. Não existe motivo para pânico ou para a criança andar armada”, finaliza Macorin.

Da Redação

TOLEDO

Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.