Frio intenso acende o alerta na produção de hortaliças

A onda de frio prevista para o último fim de semana chegou com força na região Oeste. As temperaturas despencaram e houve formação de geada fraca em algumas localidades. O dia mais frio do ano, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), foi a madrugada da última segunda-feira (13), com o registro de -0,2ºC em Toledo.

A formação de geada sempre causa preocupação para os produtores, principalmente de hortaliças. Contudo, o presidente da Associação dos Feirantes de Toledo (Afertol) José Martins comenta que ainda não houve registro de perdas nas hortas da região de Toledo.

Martins lembra que grande parte dos produtores, principalmente de verduras, tiveram perdas no período de estiagem. Com as chuvas das últimas semanas, eles conseguiram recuperar a produção. Com o inverno e a probabilidade de formação de geada, volta a preocupação com as perdas no campo.

“Os produtores conseguiram recuperar o que perderam com a seca, mas o alerta de geada sempre deixa o ‘pessoal’ mais apreensivo. Tivemos uma condição mais tranquila no fim de semana, mas o inverno está apenas começando”.

ESTRATÉGIAS – As culturas de hortaliças costumam ser as mais sensíveis a formação de geada. O frio intenso pode resultar em produtos com menos qualidade e ainda mais caros. A geada é definida como o congelamento dos tecidos vegetais que provoca a morte das plantas ou suas partes, em função da baixa temperatura do ar, que atinge 0°C, havendo ou não a formação de gelo sobre os tecidos.

Uma das formas de proteger as hortas dos efeitos da geada é através de estufas, garantindo a qualidade, a produtividade e a segurança na produção. A Afertol tem 11 produtores associados que cultivam verduras, sendo que seis já contam com o sistema de estufas para proteger a cultura e evitar prejuízos.

Quem ainda não tem estufa está adotando uma técnica nova para evitar o congelamento das plantas nos dias mais frios. “Os produtores estão mais precavidos e aprenderam um nova técnica. Durante a noite eles deixam tambores de óleo diesel com pó de serra queimando perto dos canteiros. O sistema tem evitando a formação de geada”.

Martins esclarece que a fumaça da queima do óleo diesel não prejudica as plantas. A técnica tem dado um bom resultado e as plantas também não ficam com resquícios de fuligem. “Alguns produtores estão adotando essa técnica que não deixa cair muito a temperatura perto dos canteiros e protege da geada”, complementa.

Apesar da preocupação com as verduras, o inverno também é época de cultivar os alimentos que ficam de dentro da terra como mandioca, batata, cenoura, beterraba além de repolho de inverno.

Da Redação

TOLEDO

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