Gaza: mais de 1 milhão de pessoas deixam casas antes de esperada ofensiva terrestre de Israel

Mais de um milhão de pessoas abandonaram suas casas na Faixa de Gaza antes de uma esperada invasão por terra de Israel que visa eliminar a liderança do Hamas, após os ataques mortais lançados pelo grupo militante palestino há mais de uma semana. Grupos de ajuda alertam que uma ofensiva terrestre israelense poderá acelerar a crise humanitária na região.

As forças israelenses, apoiadas por navios de guerra dos EUA, posicionaram-se ao longo da fronteira de Gaza e treinaram para o que Israel descreveu como uma ampla campanha para desmantelar o Hamas. Violentos ataques aéreos demoliram bairros ao longo da última semana, mas não conseguiram impedir o lançamento de foguetes de militantes contra Israel.

O conflito, que começou no último dia 7, tornou-se o mais mortal para ambos os lados das cinco guerras travadas em Gaza, com mais de 4.000 óbitos.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 2.750 palestinos foram mortos e outros 9.700 ficaram feridos. Já de acordo com Israel, mais de 1.400 israelenses foram mortos e ao menos 199 outros, incluindo crianças, foram capturados pelo Hamas e levados para Gaza.

Blinken

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, voltou a Israel pela segunda vez em menos de uma semana para consultar altos funcionários do governo de Israel sobre discussões que teve com líderes árabes sobre a guerra entre israelenses e o Hamas.

Blinken chegou a Tel-Aviv nesta segunda-feira, 16, após fazer uma turnê por seis países árabes, durante a qual ouviu preocupações de líderes locais sobre uma iminente invasão terrestre de Gaza por forças israelenses.

As conversas de Blinken com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e membros de sua equipe de segurança nacional ocorrem em um momento em que a Casa Branca avalia uma possível viagem do presidente dos EUA, Joe Biden, a Israel ainda esta semana.

Blinken também terá encontros separados com o presidente israelense, Isaac Herzog, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o líder oposicionista Yair Lapid. Fonte: Associated Press.

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