Gestão do Hospital Regional: IDEAS assina contrato com o município

Autoridades municipais, regionais e da área da saúde estiveram reunidas, no auditório da prefeitura de Toledo, para a assinatura do contrato de concessão onerosa com o Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à saúde (IDEAS). O IDEAS é o instituto que irá realizar a gestão do Hospital Regional. O ato ocorreu na manhã de quarta-feira (21), a partir da assinatura o Instituto tem o prazo de 90 dias para abrir as portas do Hospital Regional.

O contrato inovador – elaborado após homologação do processo licitatório – prevê as atribuições que o IDEAS tem ao ser o gestor do Hospital. É uma concessão e o trabalho deverá acontecer com a parceria dos 18 municípios da área de abrangência do Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (Ciscopar).

“Estamos cumprindo um papel importante para a sociedade”, destacou o prefeito de Toledo, Beto Lunitti. “Com um termo de referência diante da necessidade e vocação do Hospital Regional é uma marca importante para a história do município. Daremos um outro passo que vai acontecer nos próximos dias com a inauguração e abertura do Hospital Regional”.

Segundo o prefeito, com o funcionamento do Hospital Regional, o município e o Oeste passa a ter a disposição mais um instituto de saúde e isso contribuirá na redução das filas das cirurgias eletivas. “Teremos uma qualidade de atendimento melhorada. Testamos isso na visita ao Rio de Janeiro. É um instituto que tem capacidade técnica e sabe fazer gestão no âmbitos hospitalar”, afirmou.

CONTRATO DE CONCESSÃO – O prefeito também salientou que o IDEAS já sinalizou que deverá cumprir acima do edital, por exemplo, o percentual de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) está previsto para 60% e a empresa já ofereceu 85%. Ele ainda acrescentou que nos 21 espaços que o Instituto já faz a gestão, todos atendem 100% SUS.

“Com essa concessão onerosa estamos ‘alugando a casa’. Entendemos que o Instituto tem capacidade técnica de gestão para atingir quase que de imediato essa condição (de abertura do Hospital), mas vai depender deles. Vamos fiscalizar se as metas estão sendo atingidas e cobra-las”, enfatizou.

O presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (Ciscopar), Valter Aparecido de Souza Coreia, reforçou a representatividade que a abertura do Hospital Regional terá para a região. “Temos uma sobrecarga do Hospital do Bom Jesus e, com isso, os atendimentos de especialidades vão demandar para o Hospital Regional que há anos estávamos esperando por isso”.

PRAZOS PARA FUNCIONAMENTO – A secretária de Saúde Gabriela Kucharski explicou que, conforme o Termo de Referência, no contrato consta que no prazo de 90 dias devem passar a funcionar os serviços mais simples como as consultas e os exames. Já no período de 120 dias a empresa deve colocar em funcionamento um serviço mais complexos como leitos de UTI e procedimentos cirúrgicos.

“É um avanço muito importante. Esse Termo de Referência foi montado baseado em todas as necessidades de saúde, os gargalos em especialidades, na atenção especializada, nos procedimentos cirúrgicos. Em nossa região, os gargalos estão nas cirurgias eletivas em ortopedia, ginecologia, urologia e cirurgia vascular que, hoje, formam filas desumanas e o Hospital Regional vem para auxiliar”, salientou.

Em relação ao processo de abertura, o diretor executivo do Instituto IDEAS, Sandro Natalino Demetrio, pontou que a agenda é orientada pelo setor público. “Já estivemos aqui no Estado, trabalhamos em reuniões com o município e a ideia é trabalhar com uma fila de procedimento, ou seja, a prioridade é do município e região. Temos o prazo de 90 dias, mas o Instituto tem experiência em implantar hospitais em até três dias uteis – como fizemos na pandemia. O desafio não é técnico, é de conversa com a municipalidade para levantar as filas e conseguir se orientar pelas filas ou demanda da região”.

GESTÃO – Demetrio comentou que, por uma questão de legislação, somente após a assinatura dos contratos serão publicados os editais para contratação de mão de obra. “Entre terceirizados e próprios estimamos cerca de 600 pessoas em uma gestão plena, vai credenciando conforme a demanda do município. Teremos duas lideranças aqui: uma na parte de gestão do Hospital e outra na interlocução de toda a Regional para captar oportunidades e estar auxiliando os municípios”.

O diretor executivo do Instituto IDEAS também reforçou que o Hospital Regional foi uma concessão e não existe nenhuma projeção de contrato. “Vamos precisar de uma dose significativa de parceria com a municipalidade para elencar os recursos, para executar os procedimentos. Temos metas que é uma capacidade produtiva, mas vamos falar com a Regional, com o Estado com os municípios. Angariar recursos para executar recursos é diferentemente de um contrato – é um contrato inovador de concessão que transfere boa parte da responsabilidade para o Instituto, existe responsabilidade por parte do município, mas é muito mais seguro porque vai pagar pelo serviço prestado, é um modelo seguro”, conclui.

Da Redação

TOLEDO

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