Governo Federal investe R$ 6 bilhões na modernização da infraestrutura no Sul

Rede de transportes está mais eficiente e favorece a agroindústria na região

Para manter a economia aquecida, garantir o escoamento da produção agropecuária e industrial, ampliar as oportunidades de negócios e gerar mais emprego e renda, o Governo Federal investiu mais de R$ 6 bilhões na expansão da infraestrutura de transportes do Sul do Brasil entre 2019 e 2022.
 

Foram concluídas 81 obras estruturantes em todos os modais, que favoreceram a movimentação da produção agroindustrial regional, com destino aos mercados interno e internacional. Juntos, os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul detém o segundo maior produto interno bruto do Brasil, formando um dos maiores mercados produtores de carne bovina para consumo interno e exportação do país.
 

No setor rodoviário, as ações federais resultaram em 27 entregas, com aplicação de R$ 4,6 bilhões. Um dos destaques é a conclusão do complexo viário urbano de Pelotas (RS), com 23,7 quilômetros da BR-392 duplicados e melhorias ainda na BR-116-RS. A parcela mais significativa da produção gaúcha que é exportada pelo porto de Rio Grande transita por essas duas rodovias. Ainda no estado, houve a conclusão de 10 quilômetros duplicados da BR-386, entre as cidades de Marques de Souza e Lajeado. Nesse mesmo projeto, foram implantadas seis pontes na estrada federal, conhecida como Rodovia da Produção.
 

Em Santa Catarina, 4,8 quilômetros da BR-470 passaram por duplicação, entre Navegantes e Ilhota. A rodovia é estratégica para o estado, sendo o principal meio de escoamento dos produtos agropecuários da região para o porto de Navegantes, além da ligação com a BR-101/SC, eixo de integração Norte-Sul, que, por sua vez, permite o acesso aos portos de Itajaí e São Francisco do Sul.

No Paraná, os 25 quilômetros de pavimentação da BR-487, conhecida como Estrada Boiadeira, ligará o noroeste do Paraná à cidade de Porto Murtinho (MS), ponto de conexão com o corredor bioceânico que unirá os portos brasileiros de Santos (SP) e Paranaguá aos portos do norte do Chile.
 

Outros empreendimentos transformaram a mobilidade de diversas cidades. Nas BRs-158 e 287, que cortam o município de Santa Maria (RS), o viaduto de acesso ao Bairro Santa Marta e a duplicação de 5,3 quilômetros modernizaram a travessia urbana da cidade, reconhecida como um importante entroncamento rodoviário do Sul do país devido ao seu posicionamento geográfico estratégico para o transporte de cargas.
 

Conexão aérea modernizada

Reformas, reestruturação de áreas operacionais (sistema de pista e pátio), ampliação de pistas de pouso e decolagem e novos terminais de passageiros adequaram a infraestrutura aeroviária para atender a demanda crescente — tanto de passageiros quanto de cargas — na região. Para isso, foram investidos recursos que ultrapassam R$ 638 milhões.

O maior investimento realizado pelo Governo Federal no setor foi no Aeroporto de Maringá (PR). Realizadas integralmente nesta gestão, as obras incluíram um novo sistema de taxiways e a modernização dos auxílios à navegação aérea. Tudo isso permitirá a operação de aeronaves cargueiras do porte do Boeing 767, utilizado em rotas internacionais médias e longas. A pista de pouso e decolagem foi ampliada para 2.380 metros, tornando-se a segunda maior do Paraná. Trata-se também da primeira obra pública de infraestrutura aeroportuária executada com base em projetos desenvolvidos na metodologia de construção inteligente BIM, que permite a economia de recursos, com mais qualidade e rapidez em todas as fases do projeto e construção.

Em Santa Catarina, a ampliação e modernização do terminal de passageiros e da nova torre de controle do Aeroporto Internacional de Navegantes representou mais conforto e segurança para todos os usuários do terminal do litoral catarinense, que triplicou de tamanho, e contribuiu também para o desenvolvimento econômico da região. No Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu/Cataratas (PR), a ampliação do comprimento da pista de pouso e decolagem aumentou a distância máxima de alcance das aeronaves, viabilizando uma maior amplitude de recebimento de rotas internacionais.

Em 2021, o Governo Federal assegurou a contratação de R$ 2,9 bilhões em investimentos privados para modernizar os nove aeroportos da região Sul leiloados na sexta rodada de concessões aeroportuárias. Desde o início deste ano, os terminais aéreos de Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina e Bacacheri, no Paraná; Navegantes e Joinville, em Santa Catarina; e de Pelotas, Uruguaiana e Bagé, no Rio Grande do Sul, estão sob nova administração, com o grupo CCR, que venceu a disputa.
 

Desenvolvimento sobre trilhos

O Governo Federal concluiu, em 2021, um conjunto de obras realizado no município de Rolândia (PR) para melhorar a segurança da população e a mobilidade urbana. A passagem inferior à via férrea permitiu eliminar o cruzamento em nível com a ferrovia. Intervenções e desapropriações no local somaram R$ 19 milhões em investimento. O trabalho harmonizou as operações ferroviárias com o tráfego urbano, proporcionando mais tranquilidade aos cidadãos do município.
 

O transporte sobre trilhos no Sul do país passará por uma nova etapa com o modelo de autorizações ferroviárias instaurado em 2021, que permitiu a entes privados projetar, construir e operar empreendimentos do setor a partir de permissão federal. Três projetos já estão devidamente autorizados. Tratam-se de expansões da Ferroeste, que somam 857 quilômetros de novos trilhos e devem mobilizar R$ 19 bilhões em investimentos privados. As propostas visam consolidar o transporte internacional de cargas em direção ao Porto de Paranaguá (PR), além de garantir o fornecimento de matéria-prima — especialmente milho — para indústrias de criação de animais e de produção de alimentos da região.
 

Infraestrutura portuária

No setor portuário, os investimentos federais somam R$ 832 milhões que permitiram intervenções como a ampliação do canal do Porto do Rio Grande (RS), do cais de atracação do Porto de Paranaguá (PR) e as melhorias na eclusa de Bom Retiro do Sul (RS).

A retomada das operações na eclusa assegura a ligação hidroviária desde o porto rodo-hidro-ferroviário de Estrela (RS) até os portos de Porto Alegre e Rio Grande, entre outros. A câmara da eclusa possui 120 metros de comprimento por 17 metros de largura, permitindo a passagem de embarcações com até 2,5 metros de calado.

Ministério da Infraestrutura

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