Gripe: vacinação continua enquanto durarem os estoques

Coriza, dor de cabeça e indisposição são sintomas comuns de uma gripe. Com as baixas temperaturas registradas no inverno, eles aparecem com mais frequência. E apesar da população estar familiarizada com a doença, a gripe mata mais de 500 mil pessoas por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A doença deve ser vista com cautela, principalmente tratando-se de crianças, idosos e portadores de doenças crônicas.

Ela é transmitida por gotículas infectadas pelo vírus Influenza. Seu período de intubação varia de um a quatro dias. É uma doença de fácil propagação e, raramente requer exames laboratoriais e de imagem. No entanto, em alguns casos, exige internação hospitalar, principalmente devido ao agravamento de quadros para outras enfermidades.

E a melhor maneira de se evitar a gripe e suas complicações é através da vacinação. Todos os anos é necessário receber uma nova dose, já que a composição da vacina é alterada de acordo com o tipo de vírus mais provável de se disseminar.

AÇÕES – Em 2022, o Ministério da Saúde iniciou a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza e Sarampo no dia 4 de abril. A princípio, a campanha contemplou os grupos prioritários e teve a data de 30 de abril o Dia D para incentivar a vacinação.

No Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), autorizou os municípios paranaenses a aplicarem, a partir do dia 11 de junho, doses do imunizante contra a Influenza a todas as pessoas com mais de seis meses de idade. Na mesma data foi realizado o Dia D de Vacinação no Paraná.

A Campanha da Influenza encerrou na última sexta-feira (24), mas no sábado (25), Toledo promoveu um novo mutirão. Na oportunidade, pessoas de todas as idades que estavam com alguma vacina atrasada também puderam atualizar sua carteirinha. De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, foram aplicadas 3.788 doses de vacinas na ação, sendo 1.640 somente da Influenza.

No total, o município contabiliza 61,3% de cobertura vacinal contra a Influenza. Entre os grupos prioritários, as puérperas estão com 93% da cobertura vacinal, as crianças de seis meses a quatro ano que foram vacinadas são 49%, os trabalhadores da saúde são 76,9% e os idosos 62,6%. A cobertura vacinal da Campanha do Sarampo também ficou abaixo da meta, com aproximadamente 38% do público-alvo vacinado. Com o fim da Campanha, a imunização do sarampo permanece sendo realizada dentro da rotina onde o vírus não está ativo, como é o caso do Paraná.

AMPLIAÇÃO – E para ampliar a cobertura vacinal da população contra a Influenza, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) prorrogou a vacinação contra a gripe enquanto durarem os estoques. A cobertura vacinal no Brasil está em 54,9%, enquanto no Paraná, 60,2% do público-alvo já se vacinou.

Os municípios com o maior número absoluto de doses aplicadas são Curitiba (418.648), Londrina (147.564), Cascavel (74.729), São José dos Pinhais (62.669), Ponta Grossa (56.932), Foz do Iguaçu (46.098), Colombo (39.029), Toledo (38.254) e Arapongas (31.073). A Sesa também solicitou ao Governo Federal mais 500 mil vacinas para ampliar a imunização dos paranaenses.

A enfermeira da Vigilância Epidemiológica do Município, Rosana Cerbarro, comenta que todas as unidades de saúde de Toledo têm doses da vacina contra a Influenza disponíveis para a população. “Continuamos com a vacinação contra a gripe e também atualizando a carteirinha com outras doses que, por ventura, podem estar em falta”.

Ela explica que muitas pessoas deixaram de se vacinar porque estavam doentes ou com sintomas respiratórios. “A vacina não tem contra indicação, mas não pode ser aplicada se a pessoa estiver tomando antibióticos e se apresentar febre. O paciente que estiver gripado deve esperar o desaparecimento dos sintomas para toma a vacina”.

Rosana ainda esclarece que, apesar do encerramento da Campanha, é imprescindível aqueles que não se vacinaram buscarem pelo imunizante. “As pessoas não devem perder a oportunidade enquanto há vacinas nas unidades. O inverno recém começou e tem muitas pessoas com gripe e há muitos vírus circulando. A vacina protege contra a doença e suas complicações, por isso ela é tão importante nesse momento”, conclui.

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações da Sesa

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