Guilherme Cachorrão e Mafê Costa fazem história ao disputar finais dos 400m livre
A natação brasileira escreveu mais dois importantes capítulos na sua história. Guilherme “Cachorrão” Costa se tornou o 2º nadador brasileiro a fazer final olímpica nos 400m livre. Antes dele, somente Djan Madruga tinha conquistado o feito em Montreal 1976 e Moscou 1980.
Cachorrão terminou a final na quinta posição com o tempo de 03:41:56, novo recorde sul-americano. “Fiz tudo o que eu podia para vencer a prova, ou para pelo menos conseguir uma medalha. Os 400m era meu foco, mas agora vou sentar com meu treinador, analisar a prova e estabelecer as novas prioridades”, refletiu o atleta.
Para focar nas próximas provas, o atleta desistiu de nadar os 200m livre neste domingo, 28. Cachorrão ainda disputa os 800m livre, 4x200m livre e os 10km de águas abertas.
Logo depois foi a vez de Maria Fernanda “Mafê” Costa disputar sua final. Ao cair na água na Arena La Defense, a atleta se tornou apenas a 6ª nadadora brasileira a fazer final em provas individuais em Jogos Olímpicos.
Ela repete o feito de nomes como Piedade Coutinho, 5ª nos 400m livre em Berlim 1936 e Londres 1948; Joanna Maranhão, 5ª nos 400m medley em Atenas 2004; Flavia Delaroli, 7ª nos 50m livre também em Atenas 2004; Gabriela Silva, 7ª nos 100m borboleta; e Etiene Medeiros, 8ª nos 50m livre na Rio 2016. Em Paris 2024, Mafê terminou em 7º lugar com um tempo de 04:03:73.
“O pódio era um objetivo difícil, mas não era impossível para mim. Eu treinei para isso, eu estou aqui para isso. Vou voltar para o Brasil para treinar ainda mais, evoluir no que eu vejo como gap e, em Los Angeles 2028, vou estar ainda mais preparada. Eu sei que posso brigar por essa medalha”, disse a nadadora, que afirmou não ter sentido a pressão de nadar ao lado de nomes como Ariarne Titmus (AUS), Summer McIntosh (CAN) e Katie Ledecky (EUA), três mulheres que já alcançaram o recorde mundial da prova, e compuseram o pódio nesta edição dos Jogos Olímpicos.
Mafê avançou para a final com o 7º melhor tempo das eliminatórias, 4:03:47 que a colocou muita próxima do recorde sul-americano (4:02s86) que é dela mesmo. Se consideramos apenas a prova dos 400m livre especificamente, ela quebrou um hiato de 76 anos sem finalistas na prova.
“É muito importante me colocar nessa posição, mostrar para o Brasil que a gente não está longe, que estamos em bom nível competitivo. Eu treino no Brasil, a minha base é no Rio de Janeiro. Eu quero mostrar isso para os brasileiros, que o Brasil está mais que preparado para viver tudo que eu estou vivendo”, finalizou.