Gustavo Bala Loka avança para final do BMX Freestyle dos Jogos Olímpicos

O BMX freestyle surgiu no palco Olímpico pela primeira vez nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2018, em Buenos Aires. A modalidade foi um sucesso com o público e convenceu o Comitê Olímpico Internacional (COI) a levá-la para os Jogos Olímpicos. A estreia foi em Tóquio 2020, sem brasileiros. Já em Paris, Gustavo “Bala Loka” Oliveira representou a nação verde-amarela tanto no uniforme quanto na bicicleta sob o forte calor em Paris nesta terça-feira, 30. O primeiro representante olímpico na modalidade marcou 85.51 na primeira volta e 86.07 na segunda, para ficar na 8ª posição geral.

“Estou trabalhando muito, treinando para estar na final dos Jogos Olímpicos. Já tinha feito outras finais importantes de Mundial, de Copa do Mundo, mas Jogos Olímpicos é incrível. Está 35, 40 graus, muito calor. Sem querer andamos todo de preto, pega um pouco mais. Ainda mais com todos os equipamentos de proteção. Dá uma interferida, mas para ir para final a gente faz de tudo”, disse Gustavo.

Gustavo vem evoluindo em seus resultados nos últimos anos. Foi bronze nos Jogos Sul-americanos Assunção 2022, bronze no Jogos Pan-americanos Santiago 2023 e esse ano, com um quarto lugar na etapa de Budapeste do pré-olímpico, se tornou o primeiro brasileiro a se classificar na modalidade em Jogos Olímpicos.

“Hoje eu dei uma segurada, fiz não o básico, mas uma volta para estar na final. Tive alguns erros, mas consegui evoluir na última volta, foi um pouco melhor. E amanhã tem mais, tenho umas três ou quatro manobras que estão guardadas para a final. Então, espero estar 100% de corpo e de mente para poder entregar tudo que eu tenho”, completou.

Gustavo Batista de Oliveira, o Bala Loka durante a disputa da fase classificatória. Foto Gaspar Nóbrega COB

Gustavo Batista de Oliveira, o Bala Loka durante a disputa da fase classificatória. Foto: Gaspar Nóbrega/COB

A competição de BMX freestyle está acontecendo na Arena La Concorde 2, dentro de um parque urbano, em que os pilotos realizam o máximo de manobras possíveis em 60 segundos. Na fase classificatória, são duas voltas para cada um. A pontuação é baseada na dificuldade das manobras, na altura dos saltos e na criatividade e estilo de suas apresentações. A bicicleta de Bala Loka também tem uma estampa criativa.

“É a fauna brasileira, tem papagaio, tucano, onça. Um adesivo que um amigo meu fez. Tanto que meu capacete é modificado com o escudo brasileiro e meu nome. É um momento especial pra mim e tudo tem que ser especial”, contou o brasileiro. As disputas de medalhas serão realizadas nesta quarta-feira, 31, a partir das 9h44, no horário de Brasília.

O ciclismo BMX freestyle nasceu na Califórnia, Estados Unidos, na década de 1970, inspirado nos movimentos dos pilotos de BMX Racing da região. O esporte tornou-se cada vez mais popular nas décadas seguintes e foi integrado aos programas de competições de esportes radicais, incluindo o X-Games nos anos 2000 e o FISE (Festival Internacional de Esportes Radicais).

A primeira Copa do Mundo de BMX Freestyle foi organizada pelo órgão regulador do ciclismo, a União Ciclística Internacional (UCI), em 2016, como parte da FISE daquele ano. Dois anos depois, entrou no programa dos Jogos Olímpicos da Juventude e em Tóquio 2020, realizada em 2021, se tornou parte do principal evento multiesportivo do planeta.

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