Hoesp/Hospital Bom Jesus realiza 18ª captação de órgãos deste ano em Toledo

A Hoesp/Hospital Bom Jesus é referência no Estado no que se refere a taxa de aceitação no processo de doação de órgão. No sábado (15) e na segunda-feira (17) foram realizadas duas captações – dez órgãos no total. O ato de salvar vidas é uma escolha da família sempre que aceitam dizer sim. A doção de órgãos envolve o sentimento de querer ajudar o próximo.

“Em três dias foram duas captação, com isso o Hospital Bom Jesus tirou dez pacientes da fila de espera do Estado do Paraná”, destaca o enfermeiro coordenador da Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), Itamar Weiwanko, ao acrescentar que desde janeiro até a data do dia 17 junho foram realizadas 18 captações, ou seja, 18 famílias falaram sim.

As doações de órgãos acontecem após o diagnóstico de morte encefálica – uma condição irreversível do quadro de saúde do paciente – em que há portanto, a constatação do óbito após vários exames que comprovam essa condição. Nesse momento, a CIHDOTT acolhe os familiares e explica sobre o processo.

Essa função que a Hoesp executa no Paraná e no Brasil é referência com números expressivos e atuação de excelência no processo de diagnóstico de morte encefálica, manutenção do potencial doador e quesito de abordagem das famílias. Vale destacar que se a família não autorizar não acontece a doação.

O SIM QUE SALVA VIDAS

“Em setembro irá fazer 18 anos o Bom Jesus vem salvando vidas fora do hospital com o processo de doação de órgãos”, comenta Weiwanko ao salientar a importância da implantação e do funcionamento da CIHDOTT.

A CIHDOTT do Hospital Bom Jesus é composta por uma equipe multidisciplinar que executa com empenho e dedicação todas as etapas que envolvem a doação e a captação de órgãos. Esses profissionais estão em constante capacitação – se atualizando anualmente nas questões do processo com base no protocolo que é instituído pelo Sistema Nacional de Transplantes e focamos na aplicação das diretrizes e normativas impostas por essas legislações – para que cada vez mais possam executar tal missão com compromisso necessário.

Conforme o coordenador, a equipe é composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, bioquímicos, assistente social, direção, entre outros que nos apoiam nessas demandas frente ao processo de salvar vidas com a doação daqueles que podem fazer. Ele destaca que são poucos que têm possibilidade de fazer o gesto nobre e são muitos que precisam, se não ocorrer tal ato de solidariedade ao próximo o processo não acontece.

MORTE ENCEFÁLICA

A morte cerebral é irreversível. Uma vez constatada a morte encefálica, os familiares do paciente são informados e devem tomar a decisão de doar ou não os órgãos do ente querido. Trata-se de um gesto grandioso e que poderá salvar ou melhorar significativamente a vida de alguém. Até chegar nesse diagnóstico são necessários exames clínicos realizados por médicos diferentes, para confirmar a ausência permanente de função do tronco cerebral; um teste de apneia, para comprovar a ausência de movimentos respiratórios; e um exame complementar para confirmar a ausência permanente de função cerebral. Essa série de exames clínicos realizados pela equipe médica, de laboratório, complementar devem confirmar se o paciente está – realmente – com morte encefálica.

Da Redação

TOLEDO

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