Homicídio: 20ª SDP de Toledo segue investigação; esposa está presa temporariamente

Após pouco mais de dez dias da morte de Dirceu Nelson Borchart Dorpmuller, de 40 anos, no bairro Coopagro, em Toledo, a equipe da 20ª Subdivisão Policial de Toledo (SDP) solicitou a prisão temporária da esposa da vítima, de 51 anos e a Justiça acatou o pedido. A Polícia Civil a deteve em Marechal Cândido Rondon, sendo encaminhada para Toledo e, posteriormente, para o presídio feminino, localizado em Corbélia.

O delegado chefe da 20ª SDP Alexandre Macorin – acompanhado do delegado operacional Fábio Freire e demais policiais – concedeu uma entrevista coletiva à imprensa na manhã da última quinta-feira (19). Durante a conversa, Macorin destacou o andamento das investigações sobre a morte de Dirceu e a prisão temporária da esposa. “A prisão temporária é concedida quando existem indícios de participação no crime. A versão da esposa não condiz com a realidade dos fatos. Além disso, aguardamos a conclusão dos primeiros laudos”, revelou.

O delegado chefe da 20ª SDP explicou que a versão apresentada pela esposa da vítima possui contradição e o seu comportamento difere da realidade. “A Polícia Civil entregou elementos para a Justiça e solicitou a sua prisão temporária. Temíamos que algumas provas fossem eliminadas ou que ela fosse para o Paraguai, já que tem familiares naquele país”.

Macorin complementou que a prisão temporária não é uma condenação. “A mulher tem o benefício da dúvida e de ser inocente. É uma fase da investigação que entendemos que em liberdade ela poderia atrapalhar na produção de prova. Em face de contradição, a Justiça achou por bem mantê-la detida”, ponderou.

ATENÇÃO – Na ocasião, Macorin disse que essa investigação ainda está no começo e algumas circunstâncias chamam a atenção. Na coletiva, alguns exemplos foram citados, como o fato da esposa informar que o esposo estaria embriagado no dia do crime. No entanto, a equipe já constatou que trata-se de uma inverdade. “A Polícia Civil ainda fez o percurso e tem observado que a vítima morreu sem chance de reação”.

A equipe da 20ª SDP coletou provas a campo, familiares e vizinhos foram e estão sendo ouvidos. Além disso, os policiais aguardam os resultados de outros laudos. Ao ser questionado se o crime tem uma motivação, Macorin afirmou que existe a suspeita, porém não adiantaria, pois é preciso ser mantido o sigilo neste momento. “Nós trabalhamos com uma linha de investigação bem clara. Mais pessoas podem estar envolvidas neste caso”.

O que também chama a atenção da equipe policial é a extrema violência do ato cometido na vítima. “Mais pessoas serão ouvidas e requisitaremos novas provas técnicas. Nós temos o período mínimo de 60 dias (tempo da prisão temporária da mulher) para compreender como aconteceram as circunstâncias dos fatos”.

O CASO – Com a prisão temporária da mulher, a Polícia Civil pretende conseguir mais elementos para desenrolar esse caso. “A prisão temporária da mulher é um requisito para a investigação que terá continuidade pela equipe de Homicídios. Se alguém tiver alguma informação, por favor, mantenha contato com a Polícia Civil”, mencionou Macorin.

O crime ocorreu por volta das 2h10 da madrugada do dia 7 de janeiro. A equipe da Polícia Militar foi acionada por vizinhos, o qual solicitavam apoio e chegando no local, a equipe visualizou uma mulher acorrentada uma cadeira em via pública.

A mulher relatou que seu marido estava no interior da residência, mas que não sabia suas condições. Na residência, a polícia encontrou o homem no quarto do casal sem vida. Ele tinha dois grandes ferimentos na face e na cabeça, com uma quantidade de sangue considerável em sua volta.

Na época, a mulher disse aos policiais que estava dormindo com o seu esposo quando acordou com batidas na porta. Ela abriu a mesma e foi surpreendida por quatro indivíduos encapuzados, que colocaram uma fita em sua boca, um saco preto em sua cabeça e a acorrentaram em uma cadeira. A mulher disse que somente conseguiu visualizar parte de um automóvel, de cor bordô.

Além disso, os indivíduos a fizeram beber um líquido amargo. Após alguns minutos, ela conseguiu pedir ajuda. O caso segue em investigação pela 20ª SDP de Toledo e o processo está em segredo de Justiça.

Da Redação

TOLEDO

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