Isaquias Queiroz e Jacky Godmann alcançam a oitava colocação na final do C2 500m

Dono de quatro medalhas olímpicas, o canoísta Isaquias Queiroz saiu frustrado do Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne nesta quinta-feira (8). Após passarem bem pela semifinal realizada de manhã, Isaquias e o parceiro Jacky Godmann chegaram em oitavo lugar na final da prova de C2 500m, com o tempo de 1min42s48. Sorte do Brasil que o baiano, dono de quatro medalhas olímpicas, ainda participará de sua prova favorita. Isaquias volta à raia nesta sexta-feira (9) para disputar os C1 1000m, a mesma que lhe rendeu o ouro em Tóquio 2020.

A medalha de ouro no C2 500m ficou com os chineses Bowen Ji e Hao Li (1min39s48); a prata com os italianos Carlo Tacchini e Gabriele Casadei (1min41s08); e o bronze com Diego Domingues e Juan Antoni Moreno (1min41s18).

“Não gostei do resultado, claro. Em cima do que nós e nosso treinador Lauro trabalhamos, em cima do que o COB investiu em nós, por mais que seja uma final olímpica, chegar em oitavo não é um resultado excelente. Trabalhamos muito no Brasil e na aclimatação em Portugal. O barco estava andando rápido, mas é uma final olímpica. Não estou feliz com o resultado, mas sim em estar entre os melhores do mundo”, disse o baiano.

Isaquias chegou para sua terceira participação olímpica com quatro medalhas no currículo: ouro no C1 1000m em Tóquio 2020, prata no C1 1000m e C2 1000m, e bronze no C1 200m na Rio 2016. O brasileiro vai tentar mais uma nesta sexta, o que o colocaria ao lado dos gigantes Robert Scheidt e Torben Grael, da vela, com cinco medalhas olímpicas. A ginasta Rebeca Andrade saiu de Paris com um total de seis medalhas conquistadas nas duas últimas edições olímpicas, um recorde do Brasil.

“Agora vou ver minha família e descansar bastante. Quero poder passar o mais descansado possível na semifinal, com uma boa estratégia de prova, pra chegar na final bem”, explicou o canoísta.

O parceiro Jacky Godmann, de 25 anos, mostrou bastante evolução em relação à estreia olímpica em Tóquio. Mas não foi suficiente para chegar à medalha. “Eu estava mais tranquilo e experiente, mas foi uma prova rápida onde não se pode errar. Estou bem triste”, disse Jacky.

Valdenice Conceição nas eliminatórias da prova C1 W200m Valdenice Conceição nas eliminatórias da prova C1 W200m. Foto: Miriam Jeske/COB

Já a canoagem velocidade feminina do Brasil alcançou um bom resultado nesta quinta. Valdenice Conceição, de 35 anos, na primeira participação do Brasil na prova de C1 200m para mulheres, mostrou força e se classificou diretamente para a semifinal, que será realizada no sábado (10), com o tempo de 48.57. Em bateria com sete atletas, apenas as duas mais rápidas se classificaram para as semis. O restante terá que passar pelo desgaste de competir também nas quartas de final, amanhã.

“Estou muito feliz por ter passado pela semifinal direto, que era meu objetivo. Eu   dei o meu máximo pra passar direto e poder descansar sem ter a pressão de passar pelas quartas. Agora é continuar focada no treinamento pra gente chegar à final”, disse a atleta.

Natural de Itacaré, na Bahia, a canoísta descobriu o amor pela modalidade desde muito cedo, ainda quando ajudava os pais, que são pescadores, a conduzir a canoa da família em dia de pesca.

“O povo diz que eu sou pioneira. Eu já vinha lutando para participar de uma edição de Jogos Olímpicos. A prova não era olímpica e eu não desisti de representar o Brasil. Agora sou a primeira mulher semifinalista na C1 200m na canoagem velocidade. Como mãe, mulher e guerreira que eu sou, estou muito feliz, honrada e grata por essa oportunidade.”

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