Itaipu diminui vertimento para reduzir o impacto da cheia do Rio Iguaçu
A vazão do Rio Iguaçu, na Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu (PR), voltou a subir, passando de 10 mil metros cúbicos de água por segundo (m³/s), na sexta-feira (3) para 17 mil m³/s na na tarde deste sábado (4).
Os prognósticos da usina se confirmaram e a situação deve se normalizar nos próximos dias
A vazão do Rio Iguaçu, na Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu (PR), voltou a subir, passando de 10 mil metros cúbicos de água por segundo (m³/s), na sexta-feira (3) para 17 mil m³/s na na tarde deste sábado (4). Para evitar novas inundações e compensar a cheia do Iguaçu, a usina de Itaipu diminuiu o vertimento, que chegou a pouco mais de 8 mil metros m³/s na sexta-feira, para 1.769 m³/s neste sábado.
Essa flexibilização está sendo possível por causa das estratégias da Comissão Especial de Cheia (CEC) da Itaipu, que adota medidas de acordo com o cenário hidrológico atual, para usar o máximo possível a água que chega ao reservatório para produzir energia, sem comprometer a segurança da barragem e, com isso, reduzindo impactos das inundações. A binacional também está dando assistência às famílias atingidas pelas enchentes, no lado paraguaio do Rio Paraná.
Os prognósticos da CEC se confirmaram e a situação de cheias deve se normalizar nos próximos dias. Atualmente, a cota do rio Paraná, na Ponte da Amizade, na fronteira do Brasil com o Paraguai, varia entre 117 metros e 118m acima do nível do mar, um aumento de 16 metros naquele ponto. A tendência é que esse valor diminua gradativamente durante a semana que vem, até se chegar à normalidade.
O superintendente de Operação da Itaipu, Rodrigo Pimenta, explica que a atuação da binacional tem sido significativa para evitar maiores danos à população ribeinha. “Sem esse controle, os dois rios seguiriam seu fluxo natural causando grandes estragos em situação de cheias, como é o caso. E complementa: “Essa é uma forma de ajudar às famílias que vivem em áreas vulneráveis às margens dos dois rios, sem causar qualquer risco para a segurança da barragem.”
Cerca de 500 moradias foram afetadas em cidades fronteiriças do país vizinho, principalmente em Ciudad del Este, onde está o bairro San Rafael, o mais afetado. As famílias desalojadas foram levadas para albergues mantidos pela Itaipu e prefeituras locais. Voluntários da Responsabilidade Social, Corpo de Bombeiros da Itaipu e Defesa Civil, entre outros órgãos, estão ajudando os desabrigados (as) com água, alimentação, roupas e outras demandas.
Produção
O vertedouro deve ficar aberto até o dia 10 de novembro. A produção de energia da usina está em torno 10 mil megawatts médios.
A usina de Itaipu é uma hidrelétrica que funciona a fio d’água, com um reservatório pequeno, proporcionalmente à sua capacidade de produção de energia elétrica. A água que chega das cerca de 55 usinas localizadas a montante de Itaipu, na bacia do Rio Paraná, é usada para a geração de energia, e só excepcionalmente há um excesso que precisa ser escoado pelo vertedouro.
Atuação da CEC
A CEC, formada por profissionais brasileiros e paraguaios, de diferentes áreas da empresa, vai permanecer mobilizada até o fim das cheias. Essa comissão, além de adotar estratégias para o controle da situação, emite boletins hidrológicos diários, que são repassados aos órgãos de Defesa Civil do Brasil e do Paraguai e podem ser consultados no link:
https://www.itaipu.gov.br/sites/default/files/HIDROLOGIAPY/BH.pdf.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 2,9 bilhões de MWh. Em 2022, foi responsável por 8,6% do suprimento de eletricidade do Brasil e 86,3% do Paraguai. A empresa tem como missão “Gerar energia elétrica de qualidade com responsabilidade social e ambiental, contribuindo com o desenvolvimento sustentável no Brasil e no Paraguai.”
Da Assessoria Itaipu