Jogo da equipe feminina do Bahia termina na delegacia, entenda o que aconteceu
Bahia e JC FC se enfrentaram no Estádio de Pituaçu, em Salvador, na última segunda-feira (08). A equipe baiana conquistou a classificação, mas no final da partida uma atleta sofreu ofensas racistas.
Suelen, zagueira do Tricolor, declara que foi chamada de macaca pelo técnico da equipe amazonense. Após a ofensa, uma confusão se instaurou no campo e a Polícia Militar foi acionada.
O técnico Hugo Duarte foi conduzido à Central de Flagrantes da 1ª Delegacia para realização de boletim de ocorrência. Suelen, jogadoras que presenciaram a cena, Vitor Ferraz, o diretor de Operações e Relações Institucionais e o advogado criminalista que assessora o Bahia também se dirigiram para o local.
O caso foi relatado na súmula da partida pela árbitra Jady Jesus. Entretanto, a arbitragem não presenciou as acusações. Em nota, a equipe do JC declarou que repudia atos racistas. Confira o texto na íntegra:
“O JC Futebol Clube Am, repudia qualquer ato de racismo ou injúria Racial contra qualquer pessoa. Nesta segunda-feira o clube estava em jogo contra o Bahia esporte pelo campeonato brasileiro feminino, e nessa competição houve um ocorrido envolvendo o treinador do JC e uma atleta do clube Bahia onde ambos foram ouvidos. O Clube juntamente com seu jurídico estão averiguando todas informações necessárias dos acontecimentos ali presenciado para realizar os procedimentos cabíveis onde não haja informações infames ou caluniosas que prejudiquem quaisquer que sejam os envolvidos. No mais ratificamos que este clube é contra qualquer tipo de preconceito.”
O Bahia expediu uma nota de repúdio aos fatos que ocorreram no Estádio de Pituaçu. Confira um trecho da manifestação do Clube:
“O Esporte Clube Bahia SAF manifesta toda solidariedade a Suelen ao tempo em que cobra resposta à altura da gravidade do assunto, reiterando compromisso na luta contra qualquer tipo de discriminação.”