Kombi: uma paixão de muitos colecionadores
É trabalhadora, agregadora e não nega serviço. A paixão por ela invade várias áreas e círculo de pessoas. Também foi símbolo hippie e carregou bandas e viajantes. Um meio de transporte que atravessa gerações e marca épocas, a Kombi cumpre o seu papel de ser multiuso. Neste sábado (2) foi o Dia Nacional da Kombi. A primeira delas saiu para as ruas em 1957. Hoje, ela é artigo de coleção.
O conselheiro do Toledo Automóvel Clube Cézar de Césaro tem uma Kombi Pick Up, ano 1974 e está com a família desde nova. Hoje totalmente restaurada e glamourosa. “A paixão por este veículo vem desde a infância, pois o meu velho e amado pai Hermes de Césaro comprou duas Kombi Pick Up: uma ano 1973 e outra ano 1974. Ambas para atender o setor de indústria e entrega dos produtos da nossa empresa: a Casa de Couros e Plásticos São Jorge Ltda”.
Césaro recorda que o Dia Nacional da Kombi coincide com a data de aniversário de seu pai. “Ele era um apaixonado pela Kombi. Esse veículo é um ícone da indústria automotiva mundial e é o veículo comercial mais vendido no mundo em suas diversas versões”.
Tendo sua fabricação iniciada na Volkswagen da Alemanha em 1950 e terminada no Brasil em 2013. No Brasil, a fabricação da Kombi iniciou em 2 de setembro de 1957 e encerrou em 18 de dezembro de 2013.
O colecionador afirma que “só quem tem um veículo antigo sabe dos melindres e dos cuidados necessários. O veículo antigo tem suas particularidades. As principais são: a simplicidade e a ausência quase total de recursos tecnológicos que conhecemos hoje”.
Outro fator pontuado por Césaro é a escassez de peças originas para manutenção ou reposição delas nos antigos. “O que torna a atividade de restauração e conservação, num verdadeiro garimpo atrás de peças de reposição. Então só essas particularidades já denotam o desafio para quem deseja resgatar a magia do carro antigo”.
A Kombi dele é hoje um raro modelo Pick Up com carroceria. “Um veículo fabricado para o serviço de transporte urbano e rural de cargas leves e volumosas e aos prestadores de serviços autônomos da época como: eletricistas, encanadores, mecânico e pequenos comércios e indústrias”, pontua o conselheiro do grupo.
REPRESENTATIVIDADE – O Toledo Automóvel Clube tem participação efetiva em passeios regionais e até interestaduais, pois membros do grupo representam o antigomobilismo do município. Césaro comenta que a diretoria está programando para esse ano viagens para Serra do Rio do Rastro e o tradicional encontro de antigos de Itapoá (SC). Além da participação em todos os encontros regionais no entorno de Toledo.
Ele comenta que a cobrança dos amigos e a amizade conquistada nos encontros locais e regionais de carros antigos estão o levando a participar cada vez mais dos encontros. “É um ambiente saudável, cultural e, principalmente, um retorno as boas lembranças vividas”.
São momentos para compartilhar experiências e histórias dos veículos. “Nós vemos, a princípio, gente acima da linha dos 50 anos que através do carro antigo resgata as boas lembranças”, comenta o colecionador.
Ele ainda cita que na sequência, aparece um grupo menor, mas não menos importante de pessoas abaixo dos 40 anos que também teve contato com os carros antigos dos pais, dos tios ou dos avós e que querem resgatar esses momentos preciosos. “Abaixo disso há uma lacuna muito grande da falta de interesse e conhecimento dessa nova geração pelo antigomobilismo. Por isso, a responsabilidade nossa de conservar a memória automotiva para as futuras gerações. Tenho certeza absoluta que meus netos e netas amarão essas criaturas de lata e terão prazer em passear com eles no futuro”.
Césaro agradece em nome da diretoria do Toledo Automóvel Clube, na pessoa do presidente Aldo Perin, a oportunidade que o JO disponibiliza para essa importante difusão da cultura automobilística no município. “Convido a todos para participar dos nossos encontros semanais e anuais para ganharem amor e apreço por essas criaturas que tanto bem fizeram e fazem pela humanidade”.
Da Redação
TOLEDO
