Com LirAa superior a 2%, Vigilância em Saúde inicia ação integrada com agentes
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Pratos e vasos de plantas, toneis de água e lixo doméstico são os principais depósitos de focos de dengue encontrados em Toledo pelas equipes de Endemias no primeiro Levantamento Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LirAa). O resultado desse levantamento é alarmante: 2,6% de infestação no município, resultado está acima do máximo preconizado pelo Ministério da Saúde do Governo Federal, que é 1%.
O diretor do Departamento de Vigilância em Saúde, Junior Palma, explica que esse índice é preocupante e mostra que o município mantém, praticamente, os mesmo dados do último Levantamento realizado em novembro do ano passado.
“Em novembro tivemos um resultado de 2,6% e o que mudou desta vez foram as regiões com maior foco: Jardim Independência com 20%, Industrial I com 14,28%, Centro de Eventos com 13,63% e Rossoni I com 10%”.
Palma enfatiza a preocupação desses índices por conta do período mais favorável a proliferação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. O Levantamento, realizado pelos agentes de Endemias nos primeiros dias do ano, aponta que a falta de cuidados da população continua sendo o principal fator preocupante para o desencadeamento de uma epidemia de dengue. Atitudes simples e rápidas como uma vistoria de cinco minutos no quintal, a limpeza de pratos de plantas e comedouros de animais, o armazenamento adequado da água da chuva e o descarte correto de resíduos podem evitar locais que podem se tornar depósito de larvas do mosquito.
AÇÕES – Junior Palma lembra que o verão, historicamente, traz números preocupantes em relação ao índice de infestação. Com os dados atualizados, o setor já iniciou uma ação integrada com os agentes de Saúde que farão um ‘arrastão’ dentro das suas áreas de atuação procurando focos de dengue. E os agentes de Endemias continuam com as vistorias e orientações em todas as localidades. Nos bairros em que foram encontrados maior número de focos, o trabalho será intensificado.
E a colaboração sistemática da população será fundamental no combate à dengue. Palma orienta que a população, ao menos duas ou três vezes na semana, deve dedicar um tempo para fazer uma revisão no quintal para identificar objetos que não estão em uso e fazer o descarte adequadamente.
“Outra informação importante é a comunidade receber o agente de Endemias em casa, porque ele tem um olhar técnico e além das orientações ele consegue identificar criadouros e pontos estratégicos para o mosquito. Às vezes, as pessoas querem economizar, mas não sabem como manipular um reservatório de água, não sabem que determinadas plantas podem acumular água, alguns locais podem servir de criadouro para o mosquito”, enfatiza o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde.
Junior Palma salienta que os agentes de Endemias estão uniformizados, identificados e treinados para realizarem os trabalhos nos imóveis. Se a população tiver alguma dúvida em relação as visitas pode entrar em contato com a Secretaria da Saúde.
“Nós agradecemos aqueles que colaboram com o trabalho de prevenção a dengue e pedimos que a população continue fazendo a sua parte. Pode ser que um agente de Endemias visite o mesmo imóvel mais de uma vez em um curto espaço de tempo. Essa conduta é necessária, porque aquela região pode estar com ação de bloqueio químico ou mecânico. O importante é a comunidade receber o profissional para as orientações e juntos lutarmos contra a dengue”, finaliza.
Da Redação
TOLEDO