Março lilás conscientiza sobre prevenção ao câncer de colo uterino

O mês de março marca um período de atenção especial à saúde da mulher. A campanha Março Lilás tem como objetivo, conscientizar a população sobre a prevenção e combate ao câncer de colo uterino. Exceto o câncer de pele não melanoma, o câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

A importância da conscientização sobre este tipo de câncer, é que na grande maioria das vezes ele pode ser evitado. Uma das formas de prevenção é a vacina contra o HPV, disponível para meninas de nove a 14 anos. A vacina prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais. O imunizante também está disponível para meninos de 11 a 14 anos.

A secretária da Saúde, Gabriela Almeida Kucharski, explica que a vacina do HPV acompanha a tendência das demais vacinas do calendário vacinal preconizado pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). “Em 2020 tivemos queda da na procura dessa vacina em virtude da pandemia. Já em 2021 tivemos uma discreta recuperação, mas não atingindo as cobertura que tivemos em 2019”.

Dados da Secretaria da Saúde apontam que no ano de 2020 o Município aplicou 3.669 doses da vacina do HPV entre 1ª e 2ª doses; em 2021 foram 4072 doses. Em 2019 foram mais de cinco mil doses aplicadas.

“Durante a pandemia notamos de forma geral a redução da adesão das vacinas do calendário vacinal preconizado pelo PNI, principalmente na faixa etária pediátrica e também dos pré-adolescentes onde temos a vacina do HPV. Contudo, nós já temos algumas ações programadas junto ao Departamento de Vigilância e o Departamento de Atenção Primária de busca ativa dessas crianças e pré-adolescentes, além da realização de algumas campanhas durante o ano para que as pessoas possam receber a vacina no tempo correto”, complemente a secretária.

PREVENÇÃO – Outra forma de prevenção ao câncer de colo uterino é o uso de preservativos durante a relação sexual, além do exame preventivo que deve ser feito periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual. O exame é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces, que se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos.

Gabriela explica que em 2020 e 2021, por orientações da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) e do Ministério da Saúde (MS), o Município suspendeu a coleta de preventivo, uma vez que é um exame na maior parte das vezes eletivo. Porém, nesse momento a secretária salienta que as equipes estão retomando as coletas e a pasta volta a estimular que as mulheres compareçam nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para deixar os seus exames em dia.

“Nós temos inclusive algumas articulações junto a Liga Acadêmica de Ginecologia e Obstetrícia do curso de medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR), campus Toledo, e pretendemos organizar durante o ano alguns mutirões para facilitar o acesso ao exame que ficou suspenso durante um período de tempo em virtude da pandemia”.

O Município também segue um protocolo do Ministério da Saúde referente a alterações nos exames preventivos. Depende da alteração apresentada no exame, Gabriela cita que a UBS de referência da paciente faz uma busca ativa e a conduta adotada é de acordo com o tipo de alteração: a paciente pode ser encaminhada para um exame mais detalhado e para consulta médica, ou ainda encaminhada diretamente para o atendimento de referência.

Da Redação

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