Mateus Isaac consegue um 5º lugar na última regata, mas não avança
A única classe finalizada hoje nas raias olímpicas em Marselha, cidade a cerca de 800km ao sul de Paris, foi a IQFoil (Windsurfe). E Mateus Isaac, representante do Brasil na classe, conseguiu um bom desempenho na última regata, com um 5º lugar, insuficiente, porém, para avançar para as disputas por medalhas dos Jogos Olímpicos. Ele acabou na 16ª colocação, fora do grupo de 10 classificados para a fase mata-mata. Foi a primeira participação olímpica do campeão dos Jogos Pan-americanos Santiago 2023.
“Dias difíceis de competição, tivemos algumas avarias no equipamento. Aprendi bastante com as coisas que fugiram ao nosso controle. Esse tipo de problema faz parte, sem desculpas, o esporte é assim. Vamos para a próximo (ciclo olímpico). Queria muito ter entrado no top-10, mas não foi dessa vez. É seguir lutando e batalhando”, contou Isaac.
Estavam previstas três regatas para hoje, mas só uma acabou sendo realizada por causa da ausência de vento. Para Isaac, as condições complicadas de Marselha não foram as principais causas do desempenho.
“Passei bastante tempo treinando aqui. Marselha é um lugar difícil de competir. Essa época é bastante calor, mas a gente já sabia disso, não foi culpa das condições. Acho que os problemas com o equipamento é que acabaram me prejudicando um pouco”.
O brasileiro, treinado por Bruno Prada, duas vezes medalhistas olímpico ao lado de Robert Scheidt, vinha numa crescente de resultados. Em 2021, foi campeão do Sul-Americano de IQ Foil. No ano seguinte, conquistou a prata em Lanzarote e o ouro em Puerto Sherry, em Cádiz, na Espanha, competições importantes do circuito mundial. Em 2023, além de obter a vaga olímpica para o Brasil com o 16º lugar no Mundial, foi terceiro na Semana Olímpica Francesa de Hyères e ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023.
Segundo Isaac, o futuro só será definido após uma pausa. “Quero dar uma descansada agora e, depois disso, ver como vai ser a próxima campanha olímpica”, completou.
Ainda nesta quinta, o Brasil teve a estreia de Gabriella Kidd (dinghy feminino, ILCA 6), que ficou na 15ª colocação na única regata realizada, e Bruno Fontes (dinghy masculino, ILCA 7), 35º após duas regatas.
A regata da medalha da 49er FX foi adiada para esta sexta-feira, 2. No mesmo dia, estão previstas também regatas da classe 470 (dinghy misto), em que o Brasil é representado por Henrique “Gigantge” Haddad e Isabel Swan. No dia 03, João Siemsen e Marina Arndt (multihull misto, Nacra 17) fazem as primeiras regatas, enquanto Bruno Lobo (Fórmula Kite) será o último brasileiro da Vela a estrear em Paris 2024, no dia 04.