Mercado futuro é uma opção de investimento ao produtor

Com o intuito de evitar as oscilações dos preços, o agricultor tem uma opção de negociação do seu produto, trata-se do mercado futuro. A negociação dos contratos consiste em acordos de compra e venda de sacas de determinado produtor, que ocorrerão em uma data futura, por um preço preestabelecido no momento da negociação.

O analista de mercado, Robson Polotto, explica que o comprador – por exemplo – não irá adquirir as sacas de milho, assim como o vendedor não precisará entregar. “O que é negociado são os preços das sacas em uma data futura. A liquidação desses contratos é financeira, ou seja, não há transação de mercadorias”.

Polotto salienta que é uma maneira segura do agricultor ter o produto e, por consequência, não colocar em risco a performance do grão. “A bolsa é algo não palpável. Mas, o produtor está acostumado com aquilo que consegue pegar na ‘mão’. Neste caso, o mercado futuro é uma vantagem ao produtor”.

BENEFÍCIO – De acordo com o analista de mercado, historicamente, essa transação é positiva, porque limita os riscos e maximiza os ganhos do produtor. “O produtor tem a vantagem de formar o seu preço. Em alguns momentos, quando a Bolsa distorce o valor no mercado regional, o produtor tem a oportunidade de fazer a conversão ao mercado físico e garantir a safra”.

Polotto salienta que historicamente Chicago atua com um dólar acima de Cascavel na época da colheita. Atualmente, o valor está oscilando em dois dólares e meio.

Ele argumenta ainda que o frete regional está com um custo elevado neste momento. “Logo, se o produtor tem a oportunidade de adquirir um seguro essa é a recomendação. Se o mercado apresentar uma queda, o seguro protege o agricultor ou ele consegue participar de todos os altos também”.

INCERTEZA – Com o atraso na colheita da soja e o plantio do milho segunda safra, existe uma preocupação extra por parte do agricultor, principalmente, quando o assunto é condição climática. “Essa incerteza toma conta do milho safrinha, já que a soja está sendo colhida nos últimos dias. No entanto, o milho implementado fora da janela causa preocupação”, afirma o Polotto.

O analista de mercado menciona que o agricultor fazendo seguro garante o preço sem a obrigação do compromisso físico. “Com isso, ele não discorre dos perigos, por exemplo, do frio como do excesso de chuva, os quais podem prejudicar a qualidade do produto dele”.

ADERIR – O Brasil ainda ‘gatinha’ nesta questão da bolsa. “Nós seguimos o modelo norte-americano. A nossa empresa possui clientes em diversos estados, como Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. O agricultor tem buscado a informação e se conscientiza nessa parte. O produtor com grão armazenado reflete uma nova maneira de estruturar o preço”, destaca o analista de mercado.

Polotto destaca que o valor mínimo de operação é cinco mil sacas de milho no mercado. “Uma quantidade entre cinco e dez mil sacas o produtor consegue acessar a um mercado bom. Alguns produtos começam a trabalhar com o grão físico antecipado. Tenho um cliente que só faz bolsa. Mas aderir é algo orgânico”.

O analista de mercado acrescenta que o público mais jovem tem a tranquilidade de ter uma plataforma na ‘mão’ e pode acompanhar todo o processo no celular. “Atualmente, existe muita transparência e mais pessoas estão aderindo, pois o mercado da bolsa é todo regulamentado”.

Da Redação

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