Mortalidade de abelhas é tema de debate em Chapecó

As abelhas estão sob ameaça. Uma em cada seis espécies de abelhas foi extinta regionalmente em algum lugar do mundo. Entre as ameaças às abelhas está o uso indiscriminado de defensivos agrícolas. “Como proceder em casos de mortalidade de abelhas por suspeitas de intoxicação ou outras causas” é o tema de mesa redonda programada para o dia 1º de julho (sexta-feira), no Campus da Unochapecó, em Chapecó.

A atividade é parte da vasta programação que integra os principais eventos técnicos e científicos da cadeia produtiva do mel – no sul do Brasil – que estão programados para Chapecó nos dias 30 de junho, 1 e 2 de julho, reunindo 1.500 participantes, entre pesquisadores, produtores, universidades, instituições de pesquisa, entidades e autoridades do setor. As atividades incluem 76 palestras e serão desenvolvidas no Campus da Unochapecó.

A organização é da Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina (FAASC) com apoio do Sebrae/SC, Senar/SC, Epagri, UFRGS, Udesc, Unochapecó e Associação dos Apicultores de Chapecó. Entre os participantes estarão produtores e pesquisadores do Chile, Bahia e Mato Grosso do Sul, além de 300 do Paraná e do Rio Grande do Sul.

A mesa redonda sobre mortalidade de abelhas terá como moderadores Aroni Sattler, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Luciana Guirelli Abrego, do Ministério da Agricultura. Os palestrantes-debatedores são Rita Du Lac Domingues e Gustavo Nogueira Diehl, do Rio Grande do Sul; Rodrigo César Rossi e Ricardo Vieira, do Paraná e um representante da Cidasc, de Santa Catarina.

O coordenador geral, biólogo e presidente da FAASC Ivanir Cella expõe que Santa Catarina se destaca na esfera nacional. É o primeiro estado em produtividade, com 68 kg de mel por quilômetro quadrado, enquanto a média nacional é de apenas 4,8 kg. Dedicam-se à produção de mel e derivados 6.824 produtores rurais que cultivam 315.000 colmeias (50.000 dedicadas à polinização de frutíferas e as demais destinadas à produção de mel) e geram um volume que varia de 6.500 a 8.500 toneladas por ano. 

O produto catarinense foi eleito e premiado internacionalmente como o melhor do mundo em cinco concursos sucessivos. Essa condição resulta de fatores como clima, solo, manejo e principalmente, ausência total de resíduos químicos. Desde 2021 o mel barriga-verde tem selo de produto com indicação geográfica (IG) conferido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O gerente de desenvolvimento regional do Sebrae/SC Paulo Rocha destaca a importância dos eventos como fator de integração e atualização tecnológica de toda a cadeia produtiva do mel e demais produtos derivados das abelhas.

O foco central do Fórum de Integração será o planejamento estratégico para melhorar a eficiência e a otimização de recursos das políticas públicas e das pesquisas, assistência técnica, extensão rural e consultorias na criação de abelhas no sul do Brasil e os planos estaduais de desenvolvimento do setor.

CHAPECÓ (SC)

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