Movimento no emprego reflete a expansão do setor terciário, diz economista

Com o saldo de 206 novos postos de trabalho, Indústria é um dos setores responsáveis pelo saldo positivo de empregos com carteira assinada no mês de julho, em Toledo. Ao todo foram 1098 admissões e 892 desligamentos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na última quarta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. No período, o Município realizou 3.070 novas contratações e 2.996 demissões, isso significa um saldo positivo de 74.

O economista e professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo, Jandir Ferrera de Lima, explica que a Indústria de bens semiduráveis, como móveis, equipamentos, utensílios, etc., nesse momento começa a produzir para o final do ano. No entanto, Lima recorda que o Parque Industrial de Toledo está ligado ao agronegócio, que são bens de consumo imediato. “O movimento no emprego reflete a expansão da área de processamento de commodities e do setor terciário”.

Conforme o professor, a agroindústria continua se beneficiando da melhora do rendimento das famílias. “O aumento do salário mínimo acima da inflação, benefícios sociais, transferência de renda, mercado de trabalho aquecido tem ajudado a indústria de alimentos a manter o dinamismo”.

Outro fator destacado pelo economista é que a parte do parque metalomecânico de Toledo é fornecedor do agronegócio, que tem gerado mais valor bruto de produção a cada ano.

CONJUNTURA – Lima salienta que é muito cedo para afirmar que o cenário mudou. “Com a taxa de juros alta, a desvalorização do real e o aumento os combustíveis, que pressionam custos e preços, muitos investimentos ainda estão em stand by esperando o desenrolar da conjuntura política econômica”.

O economista menciona ainda que o saldo do Caged no município é positivo em julho, porém ele afirma que não pode ser considerado um número altamente significativo para um município de 160 mil habitantes. “Além disso, muitos postos de trabalho estão em aberto esperando profissionais qualificados”.

RITMO BAIXO – O Comércio também apresentou um número positivo em julho. No período, o setor realizou 627 contratações e 608 desligamentos, ocasionando um saldo de 19. Por sua vez, os setores da Agropecuária, Construção e Serviços apresentaram saldos negativos respectivamente, – 66, – 60 e – 25.

O economista esclarece que caso os números, em Toledo, se mantenham neste patamar significa que a economia do município está com um ritmo baixo de crescimento.

“Cabe lembrar que nosso ritmo de crescimento depende muito do resultado de safras, da capacidade de armazenar e processar grãos e dos investimentos na cadeia produtiva do agronegócio e dos fármacos”, relata Lima.

O professor enfatiza que o setor de Serviços apresenta rotatividade de mão de obra, principalmente nos serviços de alimentação e varejo. “Também tem muitas vagas abertas no varejo de alimentos que não foram preenchidas. Outro destaque no setor de Serviços é a perda de dinamismo do mercado imobiliário. Muitos imóveis e menor número de vendas”.

O economista destaca também a concorrência da internet e que preços mais altos de aluguéis e alimentos retiram o poder de compra do consumidor e diminuem o volume de compras das famílias, principalmente de produtos duráveis e semiduráveis”, finaliza.

Da Redação

TOLEDO

Paraná foi segundo estado que mais gerou empregos no Brasil em julho, aponta Caged

Com 14.185 vagas, o Paraná foi o segundo estado que mais gerou empregos no Brasil em julho, atrás apenas de São Paulo, com 61.847. O Estado ficou à frente de Santa Catarina (12.150), Minas Gerais (11.133) e Rio de Janeiro (10.598). Esse resultado é o saldo entre 173.331 admissões e 159.146 desligamentos ao longo do mês, e também representa praticamente o dobro das vagas aberta em julho de 2023 (7.231). Os dados do Caged foram divulgados na quarta-feira (28).

Com isso, o Paraná alcançou 124.647 novas vagas de emprego com carteira assinada no acumulado do ano, terceiro melhor resultado do Brasil, atrás apenas de São Paulo (441.076) e Minas Gerais (173.309). O resultado é maior do que a soma dos novos empregos de Bahia (64.696) e Mato Grosso (47.580), por exemplo. Foram criados 18.899 empregos em janeiro, 32.979 em fevereiro, 18.045 em março, 18.274 em abril, 8.439 em maio, 13.826 em junho e 14.185 em julho.

“O Paraná encerrou junho com o maior índice de atividade econômica do Sul e do Sudeste, geramos US$ 13,6 bilhões em exportações no primeiro semestre e todos os setores estão em alta, da indústria ao comércio e serviços. Também estamos anunciando novos investimentos privados, como a Cutrale em Paranavaí e um empreendimento de R$ 3 bilhões em Sapopema, prova da confiança dos investidores, o que acaba gerando novas oportunidades”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

“O Paraná apresentou saldo positivo de empregos em todos os meses do ano. É um desempenho surpreendente em relação aos demais entes federativos. Concluir o mês de julho atrás somente do estado de São Paulo, o mais populoso do País, confirma que estamos na direção correta, avançando em oportunidades de emprego e renda para toda população paranaense”, complementa o secretário de Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes. O estoque atual de empregados no Paraná é de 3.216.048. Em julho do ano passado era de 3.082.648.

SETORES – Os setores que mais empregaram no mês no Paraná foram a indústria (5.731), serviços (5.010), construção civil (2.173) e comércio (1.567). Entre os subsetores, os destaques foram indústrias de transformação (5.628), serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (2.368) e atividades administrativas e serviços complementares (1.276). No ano, os destaques são serviços (65.763), indústria (31.677), construção (15.532), comércio (11.085) e agropecuária (594).

Da AEN

CURITIBA

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