Mulher: uma força que transforma o mundo

Nesta sexta-feira (8), o mundo todo comemora o Dia Internacional da Mulher. A data lembra a importância das lutas femininas por justiça, igualdade de gênero e respeito. Também celebra atos de coragem e a determinação de mulheres comuns que desempenham um papel extraordinário na história de seus países e comunidades, fazendo a diferença e auxiliando na transformação da vida de outras mulheres.

O trabalho social é um grande exemplo da atuação de mulheres empenhadas em ajudar outras mulheres, crianças e famílias. Em Toledo, a Embaixada Solidária é uma entidade que nasceu com esse propósito.

“Há dez anos, reunimos um pequeno grupo de amigas e familiares para criar a Embaixada, porque percebemos que a imigração forçada fragilizava, especialmente, as mulheres, que ela é sempre mais dura também para as mulheres”, conta Edna Nunes, fundadora da entidade.

Com o tempo, a Embaixada Solidária provou que a mão de obra dos trabalhos e projetos realizados era praticamente 100% feminina. Edna cita que são mulheres com formações, que já tiveram suas carreiras, mulheres que encontram no voluntariado o motivo da sua formação e através do seu trabalho puderam auxiliar na construção de uma sociedade mais justa.

“São mulheres que estão no interior do estado, mas que estão mudando a história do mundo porque quando recebemos outras mulheres por qualquer outra situação, estamos impedindo que qualquer outro canto do mundo entre em colapso ou que essas mulheres sejam negligenciadas ou os direitos humanos violados. Mesmo com esse olhar invisível, e isso é uma prerrogativa do nosso trabalho atuando nos bastidores, são mulheres de Toledo transformando a vida de mulheres, crianças e famílias no mundo”.

 

O TRABALHO – Muitas vezes, a política pública começa o trabalho de assistência social. Em outros casos, a pessoa nem consegue acessar esse serviço e é quando a mulher – com expertise – começa a atuar no voluntariado. “Eu acredito que a mulher, por mais forte e por mais determinada que seja, tem uma candura no olhar; ela tem um filtro. Eu digo que ela coloca almofadas no mundo para não doer tanto nos outros. E esse filtro é muito nosso, é algo que temos de natureza, de construção. Toda mulher acolhe como ela foi acolhida um dia, seja nas gestações, nos recomeços”, comenta Edna.

 

GRATIDÃO – No Dia Internacional da Mulher, o sentimento que toma conta do coração da fundadora da Embaixada Solidária é de gratidão. Gratidão pelas inúmeras mulheres que tiveram a oportunidade de cruzar os portões da entidade e colocaram um pouco de si no trabalho voluntário. Edna agradece também as mulheres que depositam a sua confiança no trabalho voluntário de outras mulheres.

“Quando chegamos aqui e encontramos outras mulheres precisando de apoio, essas mulheres têm que confiar em nós. Em nome de todas as voluntárias, eu quero agradecer a confiança dessa mulher que chega não sabendo nada do nosso idioma, da nossa cultura, mas vê na outra mulher uma possibilidade de recomeço da sua história. É confiar na hora do parto e segurar uma mão que nunca viu antes, dar o seu bebê para outra mulher fazê-lo dormir, acordar e encontrar um pratinho de sopa e receber um cuidado”.

Em contato com diversas nacionalidades, Edna conta que tem uma palavra favorita em cada idioma. No espanhol a sua palavra favorita ‘compartir’ traduz a força do protagonismo feminino na atuação social. “Já passamos do tempo de que mulher compete com mulher. Nós não estamos para competir, e sim, para compartir (compartilhar)”, finaliza.

 

Da Redação

TOLEDO

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