Mulheres no agro: Prêmio Orgulho da Terra valoriza presença feminina no campo

O Prêmio Orgulho da Terra Paraná, que distingue produtores rurais com melhores práticas no agronegócio, tem neste ano, pela segunda vez, uma categoria dedicada às mulheres. Ela valoriza a contribuição das mulheres no setor que é o carro-chefe da economia paranaense e faz do Estado um destaque em produção de alimentos, tecnologia, inovação e sustentabilidade. São 17 categorias no total.

Os técnicos do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater) e do Sistema Ocepar são os responsáveis por indicar os homenageados e avaliar os empreendimentos sob a perspectiva social, ambiental e econômica.

Em 2022, a categoria Mulheres no Agro homenageou a zootecnista Andressa Seliger Barbosa, que criou junto à prefeitura de Ponta Grossa uma feira especializada em suculentas. Com a pandemia, a feira teve de ser interrompida e Andressa expandiu seu negócio através das redes sociais. Atualmente também faz parte da Feira do Produtor de Ponta Grossa. “Muitos destes clientes hoje vêm conhecer nossa estufa. A homenagem também foi importante para que eu participasse ainda mais do universo das mulheres no agro”, afirma. 

Outra categoria entre as 17 do Prêmio Orgulho da Terra é a do café. Na edição do ano passado, a produtora Sirlei da Cruz Carvalho, de Joaquim Távora, foi homenageada junto com o marido, Edson Messias de Carvalho. Ela é coordenadora do grupo Mulheres do Café, projeto do IDR-Paraná que há dez anos promove cursos, capacitações e encontros para incentivar mulheres que desejam empreender na produção de cafés especiais.

No Paraná, mais de 40 mil mulheres do campo conduzem o próprio negócios, segundo dados do Censo Agropecuário. Além disso, a contribuição feminina é fundamental para os empreendimentos familiares no meio rural.

A técnica Flávia Leão Almeida Silva, do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater), dá assistência a diversos produtores do Estado e observa que as mulheres estão ganhando visibilidade. “Elas estão mais inseridas e engajadas. Elas são líderes do campo, trabalham de maneira comunitária e desenvolvem projetos muito importantes para o Estado”, acrescenta.

A terceira edição do Prêmio Orgulho da Terra, que acontece em 21 de novembro, vai homenagear, ainda, as seguintes categorias: aves, erva-mate, feijão, bovinocultura de leite, suínos, piscicultura, agricultura orgânica, agroindústria, bovinocultura de corte, inclusão social, sericicultura, soja e milho, sucessão, tecnologia e turismo rural. O tema deste ano é “Desenvolver sem esgotar”. O prêmio é uma iniciativa do Grupo RIC e do Governo do Estado.

Da AEN

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