Museu Willy Barth lança exposição em homenagem aos 65 Anos da Diocese de Toledo

Com o nome “Ontem, hoje e sempre”, foi lançada, na noite de segunda-feira (10), no Museu Histórico Willy Barth, a exposição alusiva aos 65 anos da Diocese de Toledo. A vernissage foi prestigiada por autoridades e lideranças políticas e religiosas, que puderam conhecer de perto elementos que exaltam o papel da Igreja Católica para o desenvolvimento do município e da região. 

Este reconhecimento foi prestado pelo prefeito Beto Lunitti, em sua fala durante a abertura do evento. “O Município de Toledo só tem a agradecer a todos os bispos e padres que estão ou já passaram por aqui. O objetivo maior destes religiosos foi sempre a evangelização, mas o trabalho deles transformou para melhor este território, sobretudo na área da educação. Nestes 65 anos de diocese, milhares de crianças e jovens receberam essa influência positiva”, observa. “Na minha infância, por exemplo, os freis capuchinhos que se instalaram no Seminário Nossa Senhora de Fátima, no Jardim Porto Alegre, perto da minha casa, participaram ativamente da minha formação religiosa. Na adolescência, lembro-me da expectativa em torno da visita do núncio apostólico a Toledo, por ocasião da construção da nossa catedral”, recorda.

Ao lado de Beto, estavam na frente de honra o bispo de Toledo, João Carlos Seneme; o vereador Leoclides Bisognin, que representou o Legislativo Municipal; e os padres Hélio José Bamberg e André Boffo Mendes, que são, respectivamente, vigário-geral e coordenador da Ação Evangelizadora da Diocese de Toledo. Por sinal, a Ação Evangelizadora, juntamente com a Secretaria de Pastoral e o Centro Integrado de Comunicação, coordena o evento, que conta com o apoio da Secretaria Municipal da Cultura.

Divulgação

Antes da fala de Dom João Carlos, integrantes do Coral Cristo Rei também se apresentaram cantando o Hino da Diocese de Toledo. “A instalação da Diocese foi um elemento fundamental para a colonização e o povoamento desta região, pois representou um elo para uma população que não parava de aumentar. Além da assistência religiosa, a Igreja Católica também teve forte presença na educação, mas também em outras áreas. Várias dificuldades surgiram neste caminho, mas este grande projeto de evangelização cresceu e, se hoje trilha caminhos mais ‘fáceis’, devemos isso a pessoas como Dom Armando Círio, nosso primeiro bispo”, reconhece. “Agradecemos à Secretaria da Cultura pela cedência do espaço, que permitirá que muitas pessoas vejam a presença de Deus no meio do povo, por meio de diversos elementos que expressam a fé que temos n’Ele”, pontua. 

A exposição

O evento, que integra as festividades alusivas aos 65 anos da Diocese de Toledo, é aberto ao público em geral, que pode aproveitar para conhecer as demais exposições permanentes e temporárias que estão em cartaz no espaço. O Museu Willy Barth funciona de segunda a sexta (8h às 12h e das 13h30 às 17h30) e nos dois primeiros sábados do mês (13h30 às 17h30).

O nome da exposição foi inspirado em dois versículos bíblicos (8 e 14) que se encontram no capítulo 13 do livro de Hebreus: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje, e será sempre o mesmo (…) Pois nós não temos aqui a nossa pátria definitiva, mas buscamos a pátria futura”. A mostra está aberta à visitação até 30 de junho e, a partir da próxima semana, dezenas de turmas de catequese e as crianças assistidas pela Casa de Maria farão visitas, que devem ser agendadas pelo telefone (45) 3196-2465.

Os destaques da “Ontem, hoje e sempre” são as peças litúrgicas – como o baldaquino, uma proteção para a procissão pública com o Santíssimo – e paramentos utilizados pelo primeiro bispo diocesano, tais como a mitra, que é usada na cabeça durante as celebrações. Também estão em exposição objetos da atividade ordinária das pastorais e movimentos, bem como de uso nas paróquias. A composição do evento fará memória da presença da Diocese de Toledo na sociedade e sua atenção com o campo educacional, destacando-se as escolas católicas de educação básica e ensino médio, até a participação no pioneirismo do ensino superior com a fundação da antiga Facitol (hoje Unioeste) e mais adiante a concretização do câmpus da Pontifícia Universidade Católica (PUCPR) neste território. 

A Diocese

A Diocese de Toledo foi criada pela bula Cum Venerabilis, do papa João XXIII, em 20 de junho de 1959, desmembrada da extinta Prelazia de Foz do Iguaçu, ocupando todo o Oeste do Paraná. A partir da criação da Diocese de Foz do Iguaçu e da Arquidiocese de Cascavel, em 1978, a Diocese de Toledo passou a abranger o território ocupado por 19 municípios: Guaíra, Terra Roxa, Palotina, Maripá, Mercedes, Nova Santa Rosa, Marechal Cândido Rondon, Quatro Pontes, Pato Bragado, Entre Rios do Oeste, Ouro Verde do Oeste, São Pedro do Iguaçu, Assis Chateaubriand, Tupãssi, Nova Aurora, Jesuítas, Formosa do Oeste, Iracema do Oeste e Toledo.

O primeiro bispo da Diocese de Toledo foi Dom Armando Círio, que tomou posse em 11 de setembro de 1960 e permaneceu no cargo até 1978. Depois dele, mais quatro religiosos (Dom Geraldo Majella Agnelo [1978-1982], Dom Lúcio Ignácio Baumgaertner [1983-1996], Dom Anuar Battisti [1998-2004] e Dom Francisco Carlos Bach [2006-2012]) estiveram à frente desta função, exercida desde 2013 por Dom João Carlos Seneme.

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