Operação Acolhimento mapeia e atende pessoas em situação de rua

Uma força-tarefa envolvendo o poder público e entidades está mapeando e dando os encaminhamentos necessários às pessoas em situação de rua em Cascavel. Os trabalhos foram iniciados na noite desta terça-feira (19) e não tem data para serem concluídos.

No primeiro dia, foram feitos 71 encaminhamentos pelas equipes. Além disso, quatro pessoas aceitaram internamentos em casas terapêuticas e cinco solicitaram passagem rodoviária para voltarem às suas cidades de origem.

Detalhes da operação foram repassadas pelas entidades envolvidas numa coletiva de imprensa nesta quarta-feira (20) na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A operação é coordenada pelo capitão Diego Astori, da Polícia Militar, e envolve ainda a Secretaria de Assistência Social (Seaso), Guarda Municipal, Secretaria Especial de Cidadania, da Proteção à Mulher e Políticas Sobre Drogas (Sesd), Polícia Civil, Instituto de Identificação, Conselho de Segurança (Conseg) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O secretário de Assistência Social, Hudson Moreschi Junior, explicou que uma base de apoio para a operação foi montada no Centro de Convivência Intergeracional (CCI) do bairro Morumbi. No local, equipes do Instituto de Identificação fazem a identificação, por meio de digitais, de todas as pessoas encaminhadas. Elas também recebem alimentação e têm local para se higienizarem.

Das 71 pessoas acolhidas na terça, 50 nunca tinham sido atendidas pela Assistência Social. “São pessoas que têm residência fixa nos bairros e acabam vindo para a região central fazer uso crônico de álcool e drogas”, explica Hudson.

As pessoas que aceitaram encaminhamentos para clínicas de recuperação, passaram por avaliação médica na manhã de ontem (20) e depois foram levadas ao internamento voluntário. “Essa operação, com todos os envolvidos, ela dá a possibilidade de chegarmos a essas pessoas”, diz o secretário Misael Junior, da Sesd.

O secretário de Segurança e Proteção à Comunidade, Pedro Fernandes, disse que a operação foi tranquila, praticamente sem resistência das pessoas abordadas e destacou a importância de o poder público saber quem são essas pessoas. “Vamos dar continuidade a isso o quanto for necessário até que tenhamos todo mundo, de alguma forma cadastrado”, afirmou.

Uma situação que chamou a atenção dos envolvidos na primeira noite da operação, foi o resgate de um cão da raça Gold Retriever que, possivelmente foi levado ao local para ser trocado por drogas. O animal foi devolvido aos donos.

A operação foi acompanhada pela Comissão de Direitos Humanos da subseção local da OAB. A presidente da comissão, Alyne Sabadin Gaspar, disse que a operação foi conduzida com maestria e que a entidade acompanhou as abordagens e encaminhamentos destrelada do poder público ou de política, mas que esteve no local com autonomia para fiscalizar as ações.

CASCAVEL

...
Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.