Parapan: Brasil tem 72 atletas que treinam nos Centros de Referência do CPB
A delegação que representará o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, Chile, a partir desta sexta-feira (17), até o dia 26 de novembro, é formada por 324 atletas com deficiência, dentre os quais 72 treinam diariamente nos Centros de Referência do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
A delegação que representará o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, Chile, a partir desta sexta-feira (17), até o dia 26 de novembro, é formada por 324 atletas com deficiência, dentre os quais 72 treinam diariamente nos Centros de Referência do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Além deles, os dois goleiros convocados para a Seleção de futebol de cegos também integram o projeto.
Os Centros de Referência fazem parte do Plano Estratégico do CPB, elaborado em 2017 e revisitado em 2021, e têm o objetivo de aproveitar espaços esportivos em todas as regiões do país. Nestes locais são oferecidas modalidades paralímpicas, desde a iniciação até o alto rendimento. Atualmente, o Comitê, por meio de parcerias com universidades, bem como com secretarias municipais e estaduais, mantém 65 Centros de Referência ativos em 25 estados e no DF – a exceção é o Piauí.
Entre os convocados para o Parapan de Santiago que integram o projeto do CPB está a halterofilista campeã paralímpica e mundial, Mariana D’Andrea, 25. Natural de Itu, interior de São Paulo, a atleta utiliza a estrutura do Centro de Referência de sua cidade natal.
“É um local ótimo para se treinar. Lá, eu tenho, por exemplo, um banco oficial de competição. Também tem uma esteira, na qual eu faço um cardiorrespiratório”, disse a paulista, que tem baixa estatura e é a atual campeã paralímpica na categoria até 73 kg, além de mundial até 79 kg.
No Parapan, ela vai disputar a prova entre as competidoras de até 73 kg, pois sua marca internacional na categoria mais pesada foi obtida após o prazo estipulado pelo Comitê Organizador Local (LOC, na sigla inglês).
“Eu tenho tudo no Centro de Referência. Geralmente, chego às 7h e fico até as 11h30. Mas quando estou perto de competições importantes, como o Parapan, treino à tarde também. Às segundas, quartas e sextas, faço treinos mais pesados no supino. Às terças e quintas, eu me dedico mais às atividades complementares”, completou Mariana.
Além da paulista, outros medalhistas mundiais integram o projeto, como são os casos das irmãs gêmeas paranaenses Débora e Beatriz Carneiro, ouro e prata nos 100m peito da classe S14 (deficiência intelectual) durante o Mundial de natação de Manchester 2023. Também integram essa lista o velocista paraibano Petrúcio Ferreira, tricampeão mundial e bicampeão paralímpico nos 100m da classe T47 (para atletas com deficiência nos membros superiores), além da jogadora de bocha Andreza Vitória, atual campeã mundial da classe BC1 (atletas que têm opção de auxílio). As nadadoras treinam em Maringá (PR), o corredor usa a estrutura do Centro de Referência de João Pessoa (PB) e a atleta da bocha integra o projeto em Recife (PE), seu município de nascimento.
Para esta edição, a delegação brasileira conta com 324 atletas, de 23 estados e do DF, em 17 modalidades. São 108 cadeirantes, 79 medalhistas mundiais em 2023, 51 participantes com até 23 anos de idade e 132 estreantes no evento continental. Confira o raio-x completo aqui. A competição terá cerca de 1.900 esportistas de 31 países.
SANTIAGO, CHILE