Perdas no trigo: na Regional de Toledo prejuízo pode chegar a R$ 13 milhões

A safra 2023/24 de trigo apresenta projeções de perda de aproximadamente 32% no Estado – de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab). Já na área de abrangência do escritório da Regional de Toledo a estimativa é de 30%.

Segundo a engenheira agrônoma do Deral/Seab de Toledo, Jean Marie Aparecida Ferrarini, na área de abrangência da Regional Toledo, o espaço de plantio foi de uma área foi de mais de 10.300 hectares. “As perdas estão estimadas em 30%, mas esse número ainda não foi fechado nos municípios, ou seja, pode ser maior”, aponta ao acrescentar que na Regional de Toledo a área representa apenas 1% com relação ao Estado.

A área de Toledo está praticamente encerrando a colheita. De acordo com o técnico do Deral em Toledo, Paulo Oliva, a safra de trigo teve plantio de 10.367 hectares com projeção inicial de 30.064 toneladas. “Hoje, a previsão é a seguinte: área 10.367 hectares com uma produção de 21.894 toneladas”. Com isso, estima-se que na Regional de Toledo essa perda chegue a aproximadamente R$ 13 milhões.

JUSTIFICATIVAS DAS PERDAS – A engenheira agrônoma do Deral/Seab de Toledo, Jean Marie Aparecida Ferrarini, justifica que a principal consequência dessa perda é a seca. Ela destaca que, gradativamente, a Regional de Toledo está reduzindo a área de plantio dessa cultura, pois os produtores reavaliam a viabilidade e rentabilidade em cultivar o trigo.

“Faz 10 anos que a área vem diminuindo na nossa Regional. Tínhamos uma área de 100.000 hectares, está claro que ela está desaparecendo mesmo. O produtor tem feito essa avaliação de continuar ou não plantado trigo, ainda mais diante de produções ruins e preços não satisfatórios”.

Jean Marie acrescenta que nos município que integram a Regional de Toledo, o único que ainda tem uma área razoável de plantio de trigo é São Pedro do Iguaçu. “Para o próximo ano, essa área deve diminuir mais ainda. Os demais municípios têm pouquíssima área. Hoje, o trigo se tornou uma cultura de pequeno valor para nós. O retorno com o milho safrinha é melhor”, salienta.

NO ESTADO – Com a colheita ainda em andamento no Paraná, a projeção é que ela deve totalizar 2,58 milhões de toneladas – enquanto que a perspectiva inicial era de 3,8 milhões de toneladas. As perdas são atribuídas a seca e as geadas.

Diante dessas estimativas de perdas, os produtores de trigo do Estado podem ter um prejuízo de aproximadamente R$ 3 bilhões. Existe a possibilidade de tais valores serem parcialmente compensados pelos contratos de seguro, contudo essa situação ainda é preocupante para os produtores que apostaram no plantio de trigo.

Da Redação

TOLEDO

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