Polícia Civil de Toledo investiga causas da explosão em silos na C.Vale

A equipe da 20ª Subdivisão Policial de Toledo (SDP) investiga as causas da explosão ocorrida em silo graneleiro na C.Vale no final da tarde da última quarta-feira, dia 26 de julho. O acidente feriu 11 pessoas e tirou a vida de outras nove (oito no local e uma pessoa que havia sido transferida para Cascavel).

O Corpo de Bombeiros do Paraná localizou por volta das 15h de segunda-feira (31) o corpo da última vítima desaparecida no interior do túnel do silo 3, na cooperativa que sofreu uma explosão.

Devido às condições do local, as equipes trabalhavam com muito cuidado para a retirada do corpo e não havia previsão para o término da ação. Até o fechamento desta edição, os trabalhos aconteciam.

Uma maca modelo SKED foi enviada para Palotina. O equipamento é destinado ao resgate e salvamento de vítimas em ambientes de difícil acesso e espaços confinados. As equipes da Polícia Científica também foram notificadas e acionadas para acompanhar a ação.

INVESTIGAÇÃO – O delegado responsável pela investigação do acidente, Rodrigo Baptista Santos, concedeu entrevistas à imprensa sobre os pontos iniciais das investigações. As coletivas aconteceram em frente a Cooperativa, em Palotina, na manhã e no final de segunda-feira (31).

Santos comenta que a Polícia Civil acompanhou a retirada da última vítima e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal. “Uma papiloscopista da Polícia Civil acompanha para fazer a identificação e o quanto antes o corpo ser liberado”.

Santos relata que a Polícia Civil começou a investigação na última sexta-feira, dia 28 de julho. “Em contato direto com a criminalística de Curitiba, temos a situação se há algum prontuário odontológico da vítima, tendo em vista quando ela for encontrada será direcionada para identificação”.

INFORMAÇÕES – O delegado responsável afirma que duas pessoas foram ouvidas ainda na sexta-feira passada. Uma delas é o gerente de segurança de medicina do trabalho da C.Vale. Segundo Santos, ele foi um dos primeiros a chegar no local do acidente, assim como o chefe da Defesa Civil Municipal.

“As informações apontam que os Epis e os treinamentos promovidos na Cooperativa estariam de acordo”.

O delegado responsável enfatiza que a linha de investigação da equipe é principalmente no sentido de qualificação e do treinamento dos funcionários. “É um trabalho que tem custo e, com isso, as normas precisam ser cumpridas”.

Por sua vez, a cooperativa C.Vale apresentou a documentação pertinente, inclusive os alvarás do Corpo de Bombeiros. “A princípio, os documentos mostram que as normas estão em dia. O objetivo é identificar se houve alguma falha mecânica e se existe algum tipo de responsabilização”.

PERÍCIA – O delegado responsável pela investigação ao ser questionado se a explosão partiu do túnel (subsolo) ou dos armazéns, ele relata a necessidade de aguardar os laudos da criminalística. “A equipe realiza um estudo e deve entrar no local da explosão”.

Santos pontua que “a equipe está empenhada. A nossa parte é a investigação e a verificação de documentos”. Outro fator destacado pelo delegado responsável é ouvir as vítimas que presenciaram o acidente. “Nós precisamos entender o momento da explosão e o que antecedeu o acidente, além de compreender o motivo de cada vítima estar em determinado local. Por exemplo: por que a última vítima estava dentro do túnel? Tudo isso é objeto de investigação e precisa ser compreendido”.

Ele complementa que de acordo com as informações apuradas, as análises serão realizadas e “as condutas (diante da necessidade) serão adotadas ou responsabilizadas”, acrescenta o delegado responsável pela investigação ao informar que várias oitivas estão marcadas para esta terça-feira (1º). “Assim, daremos continuidade ao andamento do inquérito e concluí-lo com êxito”.

Da Redação

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