Previsão da estação: outono terá variações bruscas de temperaturas

Mudanças na temperatura marcam a transição do verão para o outono. A nova estação teve início às 18h25 da última segunda-feira (20) e termina às 11h58 do dia 21 de junho. Segundo o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), o primeiro dia da estação será ensolarado na maioria das regiões.

De acordo com o Simepar, o cenário climático global indica dissipação do fenômeno La Niña e ausência de El Niño. Porém, as águas do Oceano Atlântico Sudeste permanecem ligeiramente mais quentes do que o normal. As manhãs e noites tornam-se gradativamente mais frias. A temperatura média do ar tende a ficar dentro da normal climatológica da estação.

O outono prevê variações bruscas, situações típicas da estação. “Alguns dias serão muito frios, intercalados com períodos aprazíveis e geada nas áreas mais altas das regiões Sul, Sudoeste, Centro Sul, Campos Gerais e Metropolitana de Curitiba”, afirma o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib. O regime de chuvas acompanhará a normal climatológica em todas as regiões, com distribuição irregular. “Estão previstos períodos de vários dias consecutivos de tempo seco – os chamados veranicos – e nevoeiros”, aponta.

CARACTERÍSTICAS DA ESTAÇÃO – No Paraná, o outono caracteriza-se pela redução no volume de chuvas em relação ao verão, causada pelo deslocamento de massas de ar frio e seco. Maio é o mês mais chuvoso. A direção predominante do vento médio do sul para o norte do continente favorece a entrada de sistemas de alta pressão atmosférica. Aumenta o intervalo entre as chuvas, associado à passagem de frentes frias. Os maiores volumes ocorrem habitualmente nas regiões Sudoeste e Oeste. Os menores são registrados no Norte.

As massas de ar frio e seco, ao longo da estação, provenientes da Antártica ou do sul da América do Sul avançam em direção ao Paraná, causando queda das temperaturas. Os valores médios mais baixos costumam ocorrer na Região Metropolitana de Curitiba, no Centro e no Sul.

AGROMETEOROLOGIA – O cenário climático é preocupante para a cultura do milho segunda safra, principalmente nas lavouras implantadas fora do período de semeadura, indicado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). Por exigir água e temperaturas elevadas, quanto mais tarde for semeado, mais suscetível o milho ficará a geadas ou estiagens durante os estádios fenológicos de floração e início da frutificação, quando os grãos ainda estão leitosos. O nível do dano à produtividade dependerá da intensidade dos eventos.

“A semeadura das culturas do outono sofreu o impacto do excesso de chuvas no verão, que retardou a colheita da soja e do milho primeira safra”, explica a agrometeorologista do IDR-Paraná, Ângela Beatriz Costa.

Em relação a cultura do trigo pode ser impactada pela redução das chuvas, principalmente nas fases de germinação, emergência das plantas e enchimento de grãos, bem como pela geada na fase de florescimento. Para evitar que seja prejudicada, recomenda-se ao agricultor seguir o ZARC.

PREVISÕES DE GEADA – Entre em operação, na primeira semana de maio, o serviço Alerta Geada, desenvolvido pelo IDR-Paraná e Simepar. São divulgadas as previsões de geadas e recomendações para proteção dos viveiros e lavouras cafeeiras recém-plantadas. Os informes abrangem todas as regiões do Paraná por categorias de intensidade de geada: fraca, moderada ou forte. As mensagens são disseminadas por celular e e-mail para usuários cadastrados, com antecedência de 72, 48 e 24 horas.

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações do Simepar

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