Produção do milho safrinha apresenta leve queda

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A irregularidade das chuvas durante o mês de março já reflete na produtividade do milho safrinha 2024/25, segundo levantamento atualizado na quinta-feira (27), do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Segundo dados, a expectativa de produção caiu para 3.072.300 toneladas.

“Nós baixamos a previsão em 2% em relação ao mês passado, quando a estimativa era de obter 3.200.000 toneladas do milho safrinha. Isso se deve a estiagem que ocorreu durante o mês de março. Algumas localidade tiveram chuvas pontuais, mas outra sofreram bastante”, comenta a engenheira agrônoma do Deral, Jean Marie Ferrarini.

Apesar da redução na produtividade, a engenheira agrônoma complementa que ainda é cedo para falar em perdas significativas. No entanto, o produtor rural está atento ao clima e na expectativa por mais umidade para melhorar as condições das lavouras.

Na Regional de Toledo, o milho segunda safra ocupa uma área de 462 mil hectares. O levantamento atualizado aponta que 18% das lavouras apresentam condição ruim, 22% média e 60% estão com boas condições. Os dados também indicam que 75% das lavouras de milho safrinha estão na fase de desenvolvimento vegetativo (DV) e 25% já estão na fase de floração.

“Algumas localidades na região beira lago estão bem secas, com poucas chuvas e as lavouras estão mais prejudicadas. Na região dos municípios de Toledo e Maripá, que tiveram mais precipitações, as condições são melhores e com pouco impacto negativo”, complementa.

REPRESENTAÇÃO – Jean Marie lembra que o milho safrinha cultivado na Regional de Toledo representa 20% em relação a produção do estado. Se juntar com os números da Regional de Cascavel, esse dado sobre para 37% de representatividade em relação ao Paraná.

“A região Oeste tem uma boa parcela do milho safrinha do estado, mas precisamos de chuva para o bom desenvolvimento da cultura e não ter perdas significativas. Tivemos um período de estiagem que pode afetar a produção. Choveu pouco e estamos indo para o 4º ano de produtividade baixa”.

TRIGO – Além do milho safrinha, o trigo logo será implantado em algumas localidades da Regional de Toledo. A engenheira agrônoma do Deral explica que os produtores que optarem por esse cultura, iniciam a semeadura em meados de abril. Porém, a produção poderá ser ainda menor nesta safra.

“A estimativa é de 7 mil hectares de trigo. Já tivemos cerca de 90 mil hectares há dez anos, mas essa cultura tem reduzido e muitos produtores têm deixado de plantar o trigo porque o clima da nossa região não tem sido bom, as vezes as geadas comprometem as lavouras; os preços também não são atrativos. Alguns produtores já optaram por plantar aveia para cobertura”.

ESTADO – Já as expectativas para a segunda safra do milho no estado não são tão boas. Segundo trazidas na Previsão Subjetiva de Safra (PSS), a falta de chuvas no mês de março, somada às altas temperaturas, deve afetar a safra que ainda está em desenvolvimento, mas que, por enquanto, apresenta uma estimativa de 15,9 milhões de toneladas.

Como de costume, em março o Deral publica as primeiras intenções de plantio das culturas de inverno, como aveia, canola, centeio, cevada, trigo e triticale, que apontam que em 2025 é possível que o Paraná produza 3,8 milhões de toneladas dessas culturas, 30% a mais que o ano passado, porém em uma área 15% menor, de 1,5 milhão para 1,2 milhão.

Da Redação

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