Professores da Unioeste visitam Alemanha em missão docente

Na segunda semana de trabalho em missão docente para reuniões científicas e tecnológicas pela Europa, os professores da Unioeste do curso de Tecnologia em Aquicultura e Engenharia de Pesca Aldi Feiden, Altevir Signor, Fábio Bittencourt, Maristela Cavichioli Makrakis e Sérgio Makrakis reuniram-se com pesquisadores da Universidade de Rostock, na Alemanha, com o Instituto Alfred Wegener (AWI) e com o Instituto Thünen em Bremerhaven. Eles visitaram diversos laboratórios de criação de peixes e camarões e duas empresas produtoras desses animais em águas claras: a startup Aquapurna, na cidade de Wunstorf, que utiliza sistemas de recirculação de água (RAS) e de bioflocos (Biofloc Technology – BFT), e uma empresa de produção de trutas em sistema de Raceway em Thale, próximo a Kassel, na Alemanha.

A missão busca fortalecer parcerias e ações para o desenvolvimento de projetos conjuntos com foco no desenvolvimento sustentável. A proposta, aprovada pela FINEP e executada pela Unioeste, tem como finalidade integrar e estruturar mecanismos de racionalização, reuso e otimização do uso da água nos sistemas produtivos.

O professor Altevir Signor, coordenador do projeto “Racionalização do uso de água na produção e na indústria de transformação de pescado”, ressaltou que o maior ganho com esta viagem, além de conhecer as tecnologias de altíssima qualidade usadas por eles, foi a oportunidade de refletir sobre procedimentos e eficiência no sistema de produção. “Lá fora, eles são muito eficientes no que fazem porque precisam ser. Nós temos aqui uma temperatura que nos permite criar peixes e produzir alimento o ano todo, enquanto lá eles têm limitações climáticas. E a gente peca por não ser tão eficiente como poderíamos. Se nós formos eficientes, seremos, indiscutivelmente, uma potência mundial imbatível”.

A viagem também proporcionou uma reflexão sobre a relação entre universidades e empresas e o vasto leque de oportunidades que as parcerias entre ambas podem abrir. Na Alemanha, diversas empresas buscam instituições de ensino com o intuito de transformar conhecimento em tecnologia, algo que Altevir considera muito interessante para ser desenvolvido no Brasil. “Abrem-se brechas para pensar em eventos com outro foco, a fim de mostrar a importância das universidades e potencializar o conhecimento existente dentro das instituições para aplicar esse potencial de desenvolvimento e estruturação”.

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