Programa de melhoramento genético de sementes eleva qualidade e rentabilidade do sorgo, indicam especialistas 

O cultivo do sorgo vem crescendo no Brasil. De 2020 para 2021, por exemplo, a área plantada saltou de 880.309 hectares para 899.607 hectares, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Esses 19.298 hectares a mais contribuíram para a produção chegar a 2,5 milhões de toneladas, com valor básico da produção de R$ 2,6 bilhões. 

“O sorgo tem se destacado como opção sem glúten para a nutrição animal e humana, pois é importante fonte de fibras. Além disso, pode complementar o milho. A cultura destaca-se como alternativa para o pós-cultivo de soja e milho na safra de inverno, já que é mais tolerante ao clima seco e adverso dessa época do ano”, informa o engenheiro agrônomo Pedro Lima, especialista em marketing da Advanta Seeds. 

Mundialmente, o sorgo é o quinto cereal mais plantado. De acordo com Lima, há muito potencial para crescimento do cultivo. Por isso, o investimento no melhoramento genético do sorgo é fundamental para conseguir adaptação de manejo e ambientes para otimizar a produtividade, e qualidade do grão e a lucratividade aos agricultores. 

“Um exemplo de melhoramento genético do sorgo é a criação, por meio de mutagênese, da tecnologia ‘igrowth’, que proporciona tolerância da cultura do sorgo a herbicidas compostos pelo princípio ativo imidazolinona, bastante utilizado e eficaz contra plantas daninhas em pré e pós-emergência da cultura”, explica Pedro Lima. 

A tecnologia Aphix fornece às sementes recursos importantes para combater os insetos, como Melanaphis sacchari, mais conhecido como pulgão da cana-de-açúcar – que, a despeito de seu nome popular, é um potencial inimigo do cultivo de sorgo. Em 10 dias, a população desse inimigo pode se multiplicar por 10 e se disseminar por todo o plantio e reduzir drasticamente o rendimento da cultura se não controlado. 

“O avanço da pesquisa possibilitou o desenvolvimento de Aphix, linha de sementes de sorgo híbridas tolerantes ao pulgão desenvolvida no programa de melhoramento da Advanta nos Estados Unidos. Essa tecnologia ajuda a minimizar os danos do inseto por uma maior tolerância ao pulgão e ao racionalizar o uso de defensivos. Isso significa menor custo de produção, menor risco e maior rentabilidade”, assinala o também engenheiro agrônomo Pedro Pardo, gerente global de pesquisa e desenvolvimento da Advanta. 

No Brasil, a tecnologia Aphix (AX) está disponível no híbrido ADV1277AX, que tem apresentado excelentes resultados de tolerância aos níveis de infestação do país em todos os estágios de desenvolvimento da cultura. “A tecnologia de melhoramento genético, objetivo central da Advanta, tem se revelado a base do cultivo de sucesso do sorgo, beneficiando a maior disponibilidade de alimentos e o aumento constante da qualidade do cereal”, finaliza Pardo. 

O próximo passo para o melhoramento de sorgo no Brasil é o desenvolvimento de hibridos de sorgo graníferos e forrageiros aliando as duas tecnologias igrowth + aphix estaqueadas em materiais com alto rendimento, adaptados às condições brasileiras de cultivo e manejo em áreas de safrinha (rotação com soja).  

A Advanta Seeds, empresa do Grupo UPL, é líder global em sementes de sorgo e há 60 anos investe no melhoramento genético na agricultura. 

Da Assessoria Viviane Passerini

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